Dia Mundial do Rim é alvo de campanha da FSFX e Usisaúde



No Brasil, cerca de 10 milhões de
 indivíduos têm algum grau de
doença renal
IPATINGA - A Fundação São Francisco Xavier (FSFX), em parceria com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), vai promover até o dia 16 de março, atividades internas e na comunidade para lembrar o Dia Mundial do Rim (10 de março). De acordo com o coordenador do Centro de Terapia Renal Substitutiva (CRTS) da FSFX, o nefrologista Carlos Alberto Calazans, alguns fatores contribuíram para a atual epidemia de doença renal crônica no Brasil.
"O aumento do acesso aos serviços públicos de saúde - revelando os casos de doenças renais, até então uma doença silenciosa -, dos casos de diabetes miellitus, da longevidade, os hábitos alimentares associados à obesidade e a falta de conhecimento sobre a evolução das nefropatias revelaram o crescimento no número de casos de doença renal crônica. Normalmente, o paciente só manifesta sintomas quando seus rins já perderam 70% da função. Daí a necessidade de se adotar check-ups nefrológicos", explica o médico. 

SINTOMAS
Inchaço no corpo, pressão alta, presença de sangue na urina, problemas de crescimento na infância, infecções repetidas de urina, palidez, náusea e vômito são os principais sintomas. "Como a evolução das doenças renais é silenciosa, estes sintomas só se manifestam quando o comprometimento dos rins encontra-se em fase avançada", destaca Calazans.

TRATAMENTO
Quando detectada no início, a partir de exames mais sensíveis e específicos que os de rotina, é possível conter o avanço da doença renal com modernos recursos terapêuticos e controle dietético. "No Brasil, faz-se esforço para impedir que o paciente necessite se submeter às sessões de diálise e ao transplante renal", revela o nefrologista. 

CAUSAS
Como causas da doença renal crônica, segundo dados da SBN, ainda predominam a hipertensão arterial sistêmica (33%), o diabetes miellitus (27%), as glomerulonefrites (13%), a doença renal policística (4%), e outros diagnósticos (22%). "Este grupo precisa se submeter a exames nefrológicos regularmente", recomenda Carlos Alberto.

CAMPANHA
Para que estas orientações atinjam o maior número possível de pessoas, a equipe do Centro de Terapia Renal Substitutiva (CRTS) da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), instituição socialmente responsável, vai integrar a campanha da Sociedade Brasileira de Nefrologia e compartilhá-la com os colaboradores e com a comunidade. A programação de atividades inclui palestra interna, a ser realizada no dia 11 (sexta-feira), às 14h, no Auditório do HMC I e visitas externas.
No dia 14 (quarta-feira), às 8h30, a equipe do CTRS vai levar a campanha para a Faculdade Pitágoras. Às 19h20 e às 21h20, no dia 15 (terça-feira), será a vez da Unipac receber os profissionais do CTRS. No dia 16 (quarta-feira), a campanha será levada para o Movimento da Terceira Idade (Moti), às 9h, no bairro Veneza I, e às 21h, para o Unileste. 

Doenças renais em números
IPATINGA - De acordo com informações da SBN, atualmente, a doença renal crônica é um problema de saúde pública mundial, sendo que em todo o mundo mais de 1 milhão de pacientes estão em programa de terapia renal substitutiva (diálise). Quando se contabiliza os pacientes com doença renal crônica leve e moderada, os números são ainda mais assustadores. 
Estima-se que, no Brasil, 10 milhões de indivíduos tenham algum grau de doença renal crônica. Estudo realizado na cidade de Bambuí (MG), revelou que 5% dos indivíduos com mais de 60 anos possuíam alterações da função dos rins, o que nos leva a crer que a prevalência desta doença no Brasil resulta em cerca de 10 milhões de indivíduos com algum grau da doença. 
Os grupos de pessoas com risco aumentado para desenvolver doença renal são os pacientes hipertensos, diabéticos, obesos, idosos e aqueles com histórico de doença renal em familiares. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil possui: 
- 33 milhões de hipertensos;
- 7,7 milhões de diabéticos;
- 17 milhões de idosos;
- 16 milhões de obesos. 
A prevalência de doença renal crônica terminal no nosso meio é de 40,5 por 100 mil habitantes, bem inferior aos dados dos Estados Unidos, que é de 110 por 100 mil habitantes e dados do Japão, que são de 205 por 100 mil habitantes. Segundo os dados do último Censo da SBN, 90 mil pacientes estão em programa de terapia renal substitutiva (diálise). E cerca de 40% destes têm mais de 60 anos de idade.

Em relação ao número de transplantes renais realizados no último ano (2009), foram 4.259 transplantes, sendo 1.727 com órgãos de doadores vivos e 2.532 com órgãos de doadores falecidos. O número estimado de pacientes que aguardam para realizar um transplante renal é de 30.419 (2009). No Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) da FSFX, foram realizados 230 transplantes (2011).


fonte: Diário Popular 

1 comentários:

Anônimo disse...

Considero de extrema importância investir na prevenção primária. Ela á mais eficaz e de baixo custo. Parabenizo a toda equipe do CTRS do Hopital Marcio Cunha pela iniciativa. Só quem conhece a insufuciência renal crõnica sabe a dor e o desgaste provocada pela por esta doença. Fico contente em visualizar ações deste cunho em nossa cidade.
Augusto Sérgio