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| A fila começou a ser formada as 6h, e a área próxima a entrada do teatro ficou lotada |
IPATINGA - A venda dos 1448 ingressos para o show de Nando Reis, “O Bailão do Ruivão”, que começou nesta quinta (17), foi suspensa após tumulto na bilheteria e deve retornar na próxima terça (22). Até a polícia foi chamada para ‘organizar’ a enorme fila que se formou no local, indo até a parte externa do estacionamento. Como só havia um único ponto de venda, alguns fãs, para garantir seu ingresso, chegaram por volta das 6h30. O show, que será realizado na próxima sexta (25), em duas sessões (20 e 22h) não sofrerá alterações. A entrada custa R$ 40.
A fila para comprar ingressos começou bem cedo. Um estudante de engenharia civil, que pediu licença no emprego para poder comprar a sua entrada, chegou ao Shopping às 6h45. Ele preferiu não se identificar, mas informou que, neste horário, já havia aproximadamente 50 pessoas na frente dele. O problema é que, por volta das 12h, o número de pessoas entre ele e a bilheteria havia quadruplicado. “Teve muita gente furando fila. Ao meio-dia já tinha umas 200 pessoas na minha frente. É uma falta de respeito, não só do Usicultura, mas principalmente das pessoas. Espero que estejam cientes de que furar fila é uma forma de corrupção, é chamar todo mundo aqui de palhaço”, disse o estudante.
Fila até o estacionamento
A estudante de publicidade e propaganda, Thayane Borges, 20, chegou ao shopping às 9h, e a fila já estava ultrapassando a entrada do estacionamento. “Estou muito revoltada, só não vou embora porque já estou aqui. Os seguranças do shopping também não estão nem aí, disseram que não se responsabilizam por nada que acontecer. A iniciativa dos shows é muito bacana, mas precisa ser mais organizado, com fiscalização, além do mais, o espaço é muito pequeno e limitado para o tanto de gente que quer entrar”, opinou a estudante.
Polícia tenta ‘apaziguar’
Com a desorganização da fila e o princípio de confusão, a polícia foi chamada ao local, para tentar organizar a venda. A medida não surtiu o efeito esperado. Um homem, que preferiu não se identificar, afirmou que houve excessos por parte das autoridades. “Um dos militares teve de ser contido pelos seus companheiros para não agredir com cassetete uma menor. Um pai também quase foi agredido, ao tentar dialogar com os policiais”, afirmou o anônimo.
Venda é suspensa
Por fim, a organização resolveu suspender a venda dos ingressos. A reportagem do jornal Vale do Aço voltou à bilheteria no final da tarde e encontrou dezenas de pessoas reclamando da interrupção. Uma delas era Laysa Gabriele, 18, moradora do Bairro ideal. “Simplesmente fecharam a bilheteria e não explicaram porque não iriam mais vender ingressos. A fila estava mal organizada, não havia controle, pessoas cortavam fila. Alguns homens empurravam as mulheres para que eles conseguissem comprar ingressos sem ter que esperar muito. Teve gente que passou mal e ninguém fez nada”, disse a jovem, que saiu sem o seu ingresso.
Adriana Silva, 40 anos, moradora do Bairro Cariru, chegou à fila as 07h e não conseguiu garantir a sua entrada. “Fiquei na fila esperando, mas muitos passaram na minha frente. Faltou organização da bilheteria, que não distribuiu senha e foi vendendo os ingressos assim mesmo. Eles não conseguiam manter as pessoas na ordem certa na fila, e foi isto que gerou um tumulto muito grande. Teve gente que chegou a desmaiar. Quem furou fila comprou ingresso e foi embora, aqueles que estavam esperando há muito tempo não conseguiram” declarou Adriana.
Nota do Usicultura
O Instituto Cultural Usiminas comunicou que a suspensão nas vendas foi temporária. “Como a comodidade e o conforto do público são prioridades para o Instituto, estamos avaliando uma nova estratégia para a venda dos ingressos, que será realizada na próxima terça-feira (22)”, informou, por meio de uma nota enviada no final da tarde.
Fonte: JVA Online
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