Cerveja está em falta e fica mais cara

Cerveja

O aquecimento do consumo já provoca falta de chope e cerveja em Belo Horizonte. Com a escassez, as bebidas já estão mais caras entre 5% e 8%.

A maior oferta de empregos, as festas de fim de ano e o pagamento do 13º salário contribuiram para esvaziar os estoques das distribuidoras. Uma opção para os consumidores tem sido as cervejas artesanais produzidas por microcervejarias, várias delas instaladas na própria capital.

Proprietários de distribuidoras de bebidas apontam falha na logística das grandes indústrias. Segundo Daniel Liboreiro, dono da Beberaria Distribuidora, no Bairro Castelo, Região da Pampulha, os produtos que mais faltam são os produzidos pela Companhia Ambev, que detêm as marcas Skol, Brahma, Antartica, Bohemia e Original, entre outras.

De acordo com Liboreiro, sua distribuidora recebe três abastecimentos semanais da Ambev. Em cada entrega, são descarregadas 100 caixas de variadas marcas. Ele disse que nesta semana recebeu apenas uma entrega com 25 engradados.

“Eles estão entregando o que podem. Não há grandes quantidades disponíveis para o mercado de Belo Horizonte”, afirma Liboreiro.

Em nota, a assessoria de imprensa da Ambev informou que a Companhia está estruturada para garantir o atendimento da demanda em Belo Horizonte, mas que “pela própria dinâmica e complexidade da operação logística e de distribuição, eventuais imprevistos podem ocorrer de forma pontual, mas são rapidamente solucionados”.

A demanda em alta também está encarecendo o produto. Segundo o sócio-proprietário da Cerveja e Companhia, Samir Azzi, na semana passada o preço do engradado de cerveja Skol era R$ 66. Hoje, a caixa sai por R$ 69,60, aumento de 5,4%.

“Além de estarmos trabalhando com o estoque no limite, fomos obrigados a repassar o aumento ao consumidor”, afirma Azzi.

A escassez de cerveja é confirmada em bares e restaurantes de Belo Horizonte. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Minas Gerais, Paulo Nonaka, este é o segundo ano consecutivo no qual os estabelecimentos comerciais da capital passam dificuldades de abastecimento durante o final de ano.

Já nas gôndolas dos supermercados é possível encontrar com mais facilidade as marcas de cerveja. O superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, disse que o segmento se preparou e reforçou os estoques para atender o tradicional aumento do consumo de final de ano.

Segundo ele, algumas distribuidoras estão recorrendo aos supermercados mineiros para complementar os pedidos não entregues pelas indústrias.

Em Belo Horizonte e região existem cerca de 10 mil pontos de venda de cerveja. Entre eles estão os bares, restaurantes, supermercados, mas também padarias, lanchonetes e pequenos pontos comerciais de alimentos e bebidas que recebem produtos da Ambev.

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