Fraude no bolão - Prêmio milionário da Mega Sena vira caso de polícia em Fontoura Xavier (RS)


A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está na fase final de investigação de uma suposta fraude em um bolão que teria beneficiado o empresário que sacou sozinho R$ 119 milhões na Mega Sena no dia 6 de outubro.
O inquérito aberto no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) apura se o acertador teria sacado o prêmio usando um bilhete que pertenceria a uma aposta coletiva feita por 11 pessoas, entre elas, nove operadores de máquinas que trabalham na Prefeitura de Fontoura Xavier, no Norte gaúcho.
Defendido por dois advogados do Vale do Sinos, o grupo de nove operadores alega que o bilhete premiado sumiu do bolo de apostas. Apesar de os supostos apostadores não terem ficado com fotocópias dos jogos, os advogados se apoiaram no depoimento de um homem que não participou do suposto bolão — mas ajudou a preencher os jogos — para noticiar a suposta fraude à Polícia Civil.
A hipótese apurada é de que o empresário teria recebido o bilhete de um dos outros dois integrantes do bolão.  As investigações seguem em segredo de Justiça a pedido da própria polícia. Informações extraoficiais, no entanto, apontam que perícias foram solicitadas ao Instituto-geral de Perícias e que documentos foram remetidos à polícia pela Caixa.
O desafio da polícia é apurar se o empresário que recebeu o prêmio apostou mesmo as seis dezenas sorteadas ou se foi beneficiado por um esquema montado por um dos apostadores, que ficava com os bilhetes das apostas.  Uma das provas materiais, a gravação em vídeo das câmeras de segurança no dia do jogo, poderiam revelar o mistério, mas a gravação não existe mais. 

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