Frentistas ameaçam paralisar os serviços em MG


Na manhã desta terça-feira (23), o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis, com subsede em Ipatinga e Montes Claros, Hozano Felix, disse que, diante do aumento de apenas 2% no salário dos trabalhadores em postos de gasolina oferecido pela classe patronal, é provável que a categoria deflagre greve nos próximos dias.

- Para nosso espanto, na primeira rodada da negociação coletiva, mesmo diante de pedidos modestos de nossa parte, como a elevação do piso salarial da categoria para R$ 750,00 acrescido do adicional de periculosidade, melhoria na cesta básica, melhoria no PLR e fornecimento de vale-refeição (tíquetes para alimentação diária em restaurantes e cantinas, no valor de R$12,00 por dia trabalhado), o sindicato dos patrões, o Minaspetro, ofereceu apenas 2%, de aumento e uma PLR igual à do ano passado, ou seja, R$ 390,00 dividido em três vezes - argumenta.

Em Montes Claros existem 74 postos de gasolina, com um total de mais de 1.000 frentistas. Apenas em Ipatinga, até o mês de janeiro último, eram 41 estabelecimentos. Procurado por duas vezes, o presidente regional do Minaspetro, Marco Antônio Magalhães, não pôde dar entrevista em função de ocupações. No entanto, um ex-diretor do organismo alegou que não vê movimentação entre a classe para uma greve na cidade. 

O sindicalista Hozano Felix diz que, diante dos preços pagos por um litro de combustível, há condições da classe patronal pagar um salário condizente com a importância desta categoria. - Além dos reajustes nos preços dos combustíveis, é certo que houve um aumento de número de carros circulando em todo o país.  Na região, o preço do petróleo é um dos mais caros. Consideramos a proposta dos patrões não apenas insuficiente, mas também um ato de desrespeito para com os trabalhadores, conta.

CONTRAPROPOSTA
Hozano Felix revela que se, na próxima reunião marcada para acontecer no dia 29 de novembro, a classe patronal não apresentar uma contraproposta, a federação estará ajuizando dissídio coletivo de trabalho com paralisação das atividades em todas as cidades onde a federação representa os trabalhadores.- Diante desta situação, não nos resta alternativa senão recorrer aos métodos de luta da classe trabalhadora, motivo pelo qual estamos colocando a categoria em estado alerta. Queremos salários decentes, tíquete refeição diário, fim dos descontos ilegais (de diferenças de caixa e de assaltos) e fim da pressão psicológica -conclui. 

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