Mineiros devem pagar até 7% a menos de IPVA em 2011

A Receita Estadual só vai divulgar a tabela do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) na primeira quinzena de dezembro, mas uma notícia de São Paulo traz boas expectativas para os mineiros. Segundo o governo do Estado vizinho, o IPVA dos paulistas será, em média, 7,2% mais barato do que o imposto pago no início deste ano. Como a tabela de preços de veículos utilizada para cálculo do IPVA paulista é a mesma usada por Minas, especialistas apostam que, aqui, a queda também vai girar em torno desse percentual.
“A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) fecha a tabela de referência e encaminha para os governos parceiros calcularem o imposto sobre o valor venal dos carros. Se a Fipe diz que os carros desvalorizaram, em média, 7,2%, essa será a referência”, explica o responsável pela área de pesquisa da agência AutoInforme, Luiz Cipolli.
O imposto deve ficar mais barato principalmente para quem tem carro usado. De acordo com a Associação dos Revendedores de Veículos de Minas Gerais (Assovemg), os usados já se desvalorizaram cerca de 5% entre janeiro e outubro de 2010, chegando a percentuais maiores dependendo do modelo. “Nós esperamos que o IPVA seja bem mais barato este ano, até 10%, pois o grande incentivo do carro usado é o imposto menor”, arrisca o presidente da Assovemg, Rodrigo Souki.
Quem em 2009 tinha um Corsa Maxx 1.4, econoflex, quatro portas, modelo 2008, pagou R$ 1.013,58 de IPVA 2010. O mesmo proprietário deve pagar, em 2011, R$ 972, 4,2% a menos. A forte demanda interna, a oferta de crédito e os prazos alongados de financiamento conseguiram superar o retorno do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e garantiram o mercado aquecido em 2009. De acordo com a agência AutoInforme, o volume de vendas em todo o país bateu recorde histórico na primeira quinzena de novembro, com 14.708 unidades vendidas por dia.
Pela lei da oferta e procura, os carros deveriam ficar mais caros, mas não foi o caso. “Existe uma concorrência intensa no Brasil, que é salutar. Os fabricantes estão conseguindo manter os seus custos”, aponta o diretor do Centro de Estudos Automotivos, Luiz Carlos Mello, que completa: “A luta pela posição no mercado é um elemento decisivo para evitar que o fabricante repasse os custos, pois o mais difícil é reconquistar a fatia que perdeu”. (Fonte: O Tempo)

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