Riscos de doenças ligadas à obesidade são herdados de avó

Londres, Reino Unido.Um estudo realizado por cientistas britânicos descobriu que os netos podem herdar de suas avós problemas de saúde ligados à obesidade, como cardiopatias e diabetes, mesmo que suas mães não apresentem indícios de tais doenças. As informações são da rede britânica de notícias BBC.


A obesidade é um problema que afeta vários países. No Reino Unido, por exemplo, a proporção de pessoas obesas em relação à população total já é a maior de toda a história. Derrame (nome popular do Acidente Vascular Cerebral – AVC) e diversos tipos de câncer estão entre os riscos dos problemas de saúde associados ao ganho de peso, segundo dizem os especialistas.

A obesidade moderada ocorre quando o indivíduo tem Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 34,9. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado.

Primeira geração. O estudo, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, foi realizado com camundongos fêmeas com obesidade moderada, alimentados com uma dieta rica em gordura e açúcar antes e durante a gravidez.

Os cientistas concluíram que os riscos da obesidade eram passados para a segunda geração da prole, ao passo que não constataram nenhum dos efeitos negativos do sobrepeso na primeira geração dos filhotes.

Eles não souberam, no entanto, esclarecer os motivos pelos quais isso acontece. Entre as hipóteses, estão as diferenças no ganho de peso ou a alimentação com um determinado tipo de comida durante a gravidez.

Avanços. Os pesquisadores envolvidos acrescentam que ainda estão estudando os efeitos da pesquisa em humanos. Segundo eles, os experimentos são desafiadores, mas possíveis.

De acordo com Amanda Drake, da Universidade de Edimburgo, “dado o aumento da obesidade no mundo, é vital entender como as gerações futuras podem ser afetadas por isso”.

“Estudos realizados futuramente podem analisar essas tendências em humanos, mas precisariam levar em conta fatores genéticos, ambientais, sociais e culturais”, afirmou a especialista à rede BBC.

O estudo, publicado na revista científica “Endocrinology”, foi financiado por uma instituição de caridade que se volta para pesquisas sobre a saúde das grávidas.
Fonte: O Tempo

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