Servidores e secretariados discutem em audiência reajuste salarial

08/06/2013 10h19 

Representantes estiveram no plenário durante a noite desta sexta-feira (6), em audiência pública. (Foto: Juliano Ataíde / Assessoria da Câmara) - Foto: G1
Foi realizado na noite desta sexta-feira (7), na Câmara Municipal de Ipatinga, no Leste de Minas Gerais, uma audiência pública com vereadores do legislativo e representantes da Prefeitura e do Sintserpi (Sindicato dos Servidores Municipais de Ipatinga), com objetivo de discutir o acordo sobre o reajuste salarial buscado pela categoria.
O Sindicato quer 15% de reajuste, mas aceita a reposição inflacionária referente ao ano passado (de cerca de 6%), além do retroativo ao mês de janeiro, apesar de os secretários municipais sinalizarem que será difícil conceder qualquer aumento.
Eles argumentam que herdaram da administração anterior dívidas que ainda estão sendo pagas, como férias pendentes e obrigações financeiras com creches, e afirmam ainda que os gastos com o funcionalismo público estão perto do limite prudencial exigido por lei, de 51,3% da receita líquida.
“Somente o passivo que temos do governo passado com os servidores chega a R$ 30 milhões, como casos de servidores que possuem até quatro férias a receber, além de dívidas com o INSS e creches. Essas dívidas só estão sendo pagas agora”, disse o secretário de Fazenda, Leandro da Silva Medrado.
A informação foi questionada pelo assessor econômico do Sintserpri, Wilton Coelho. Ele apresentou números rebatendo a Prefeitura e diz ser possível a concessão de aumento sem ferir exigências legais, e complleta afirmando que as perdas salariais da categoria no município, entre o período de 1995-2012, superam 40%.
“Nós [Sintserpri] entendemos que é possível, dentro desses números, um reajuste sem comprometer as Lei de Responsabilidade Fiscal e o orçamento. O aumento exigido é o mínimo que pleiteamos para recompor em parte as perdas, que vem desde a década de 90”, disse Wilton Coelho, que apresentou em “slides” uma série de números a favor do reajuste.
Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ipatinga (Sintserpi), Helenir de Lima, a audiência tinha como principal objetivo convencer os secretariados da prefeitura de que o reajuste é preciso e necessário.
“Temos funcionários que ganham menos de um salário minimo. Isto é desumano. É necessário o reajuste para os servidores trabalharem com dignidade. Nosso objetivo é apresentar para todos da prefeitura nossa necessidade. Espero que esta seja uma oportunidade para resolvemos esse problema”. Conta.
Com o fim da audiência ficou acordado entre os servidores e o secretário de administração, Samuel José Gomes, que nenhum servidor público municipal irá receber valor abaixo de um salário-mínimo, ou seja, nenhum cargo terá como base salário menor que o mínimo, hoje em R$ 678.
Fonte: G1

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