IPATINGA – Assim como costuma fazer com freqüência, depois de acompanhar mais uma audiência na Câmara Municipal de Ipatinga o aposentado por invalidez Paulo César Silva Barbosa, de 45 anos, encontrou numa das rampas do prédio do Legislativo uma bolsa contendo pouco mais de R$ 1.200, além de notas promissórias, cartão de crédito, folha de cheque, dois frascos de perfume e comprovantes de pagamento. Apesar de não ter conhecimento do que havia dentro da bolsa, o aposentado não pensou duas vezes e procurou um meio de devolvê-la.
“Estava com uma folha dos projetos que foram votados na última reunião e assim que avistei a bolsa perdida no meio da rampa, procurei escondê-la entre o papel e corri em direção ao vigia”, contou Paulo César, morador do Bairro Vila Celeste.
Segundo o aposentado, ele e o vigia procuraram o advogado do Legislativo, Adalton Cunha, que orientou-os a se dirigirem à sede da 82ª Cia. de Polícia Militar de Ipatinga, no Centro. “O Sr. Adalton e o vigia contaram o dinheiro e verificaram os pertences. Ao constatar que havia um cartão de crédito com o nome da dona da bolsa, nos encaminhamos à delegacia”, informou o aposentado.
Paulo César disse que não é a primeira vez que encontra objetos e devolve a seus donos. “Já encontrei dois celulares na rua. Um dos telefones eu consegui devolver. O outro, como não consegui falar com ninguém, acabei deixando numa gaveta lá de casa. Também já encontrei um talão de passe na rua. Descobri que era de um vendedor ambulante e também devolvi. Desta vez, não podia ser diferente. Sou pai e para cobrar dos meus filhos preciso dar o exemplo”, contou, para então completar: “Até que estava precisando do dinheiro para transferir o meu carro. Mas, este não serve para mim”, disse, emocionado e orgulhoso de sua própria atitude.
Conforme Paulo César, há alguns anos seu irmão também encontrou um pacote com muito dinheiro e como o envelope possuía identificação, ele conseguiu devolvê-lo ao proprietário. Na companhia de polícia, Paulo César se encontrou com a dona da bolsa e se surpreendeu ao reconhecer uma colega antiga. ”Conheci a Geralda há quase 20 anos, quando ela morava no mesmo bairro que eu. Mas, nem me lembrava mais dela. Fico ainda mais satisfeito em saber que fiz o bem para uma pessoa conhecida e boa como ela”, enfatizou.
Para a autônoma Geralda Maria Pimenta, de 47 anos, a coincidência foi uma provisão divina. “Assim que dei falta da minha bolsa, comecei a clamar a Deus para que Ele me ajudasse. Tirei o dinheiro para pagar contas e não fazia idéia de como iria conseguir recuperá-lo. Ainda bem que ainda existe pessoa honesta neste mundo”, suspirou, aliviada.
De acordo com as informações do sargento Ailton Pedro, que registrou o boletim de ocorrência, tudo o que é extraviado ou roubado fica na condição de apreendido até que uma autoridade realize a devolução. Mas ele adiantou que ainda nesta quarta a bolsa deveria ser devolvida a Geralda.
Aposentado acha bolsa com mais de R$1.200 e devolve
às 11:05
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