Quatro ex-governadores de Minas Gerais recebem aposentadorias

Brasília. Pelo menos quatro ex-governadores de Minas Gerais recebem aposentadorias por terem exercido o cargo por períodos que variam de quatro a sete anos. Graças a uma lei estadual de 1957, que assegura o privilégio, Eduardo Azeredo (1995-1999), Hélio Garcia (1984-1987 e 1991-1995), Francelino Pereira (1979-1983) e Rondon Pacheco (1971-1975) têm direito a um contracheque mensal de R$ 10,5 mil brutos. Mas não é só. Exceto Hélio Garcia, os demais acumulam os vencimentos aos de outros cargos públicos, segundo informações da agência O Globo.

Senador em fim de mandato, Azeredo ainda receberá R$ 16,5 mil como parlamentar até o final de janeiro. Ele assumiu o cargo em 2003, mesmo ano em que a aposentadoria de ex-governador começou a pingar na conta bancária. Já Rondon Pacheco foi abrigado no Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), instituição estatal, onde obtém mais R$ 4.500 para participar de apenas uma reunião ordinária por mês.

Francelino Pereira ocupa uma cadeira do Conselho de Administração da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o que lhe rende mais R$ 4.300 por mês. Os encontros do grupo também são esporádicos.

O contribuinte mineiro ainda tem bancado a pensão de Coracy Pinheiro, esposa do ex-governador Israel Pinheiro (1966 -1971). Mas ela não recebe o benefício integral. A pensão, nesse caso, tem o valor é de R$ 7.500.

Desde a promulgação da lei, Minas teve 14 governadores, dos quais sete ainda estão vivos. Newton Cardoso (PMDB), Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS) não solicitaram a aposentadoria. Pelas regras, ex-ocupantes do Palácio da Liberdade têm direito ao salário do atual governador.

A assessoria do governo de Minas não confirmou as informações, alegando que há uma legislação que impede a divulgação dos dados. A restrição se deve a uma lei aprovada no final do ano passado pela Assembleia sancionada neste mês pelo Executivo mineiro.
fonte: O tempo

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