Fiat Bravo chega para enfrentar Ford Focus e Hyundai i30


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A bravura está de volta. Você ainda vai ouvir ou ler está frase em alguma demonstração do novo FiatBravo, modelo que a marca italiana lança no Brasil para atrair o público dos hatches médios, segmento que hoje é dominado por Ford Focus e Hyundai i30. A estratégia será agressiva e se sustenta na tecnologia embarcada do hatch, que chega com três anos de defasagem em relação ao mercado europeu, onde ele obtém bons números de vendas sem ser espetacular. Por aqui, o hatch parte de R$ 55.200 em sua versão de entrada. Autoesporte avaliou o carro por 50 km no Rio de Janeiro e também no autódromo de Jacarepaguá, ou o que restou dele.
“Este carro marca um ciclo novo na Fiat, onde vamos investir R$ 10 bilhões no Brasil”, afirmou Cledorvino Belini, presidente da montadora no Brasil. E de fato o carro chega para aquecer um segmento bastante agitado, que representa 6% do mercado nacional. A marca, porém, alega que não espera superar os líderes. A ideia é vender 1.500 unidades por mês, sendo 55% da versão de entrada Essence, 40% da Absolut e 5% do topo de linha T-Jet. Previsões realmente baixas ou estratégia? Tempo e consumidores responderão. Os dois primeiros usam o motor E.TorQ 1.8 16V, que lhe caíram muito bem. A diferença entre o de entrada e o intermediário fica por conta dos equipamentos, a grande aposta daFiat.
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O desenho do carro chama atenção em um segmento em que a marca nunca emplacou grandes vendas. A aposta é numa imagem tão refinada quanto a dos modelos Alfa Romeo. A frente lembra a de umPunto, com maiores dimensões, enquanto a traseira remete à uma versão maior do simpático Mi.To. Ele tem 4,33 m de comprimento, com 1,79 de largura. O entre-eixos mede 2,60 m, enquanto a altura é de 1,48 m. Pela faixa de preço, é o que de melhor a Fiat pode oferecer no país, junto do sedã Linea.
Custo benefício nos mais vendidos
Por R$ 55.200, o modelo de entrada chega com câmbio manual. Se optar pelo automatizado Dualogic (igual ao que avaliamos), o preço sobe para R$ 57.800. Ao entrar no carro, a sensação de espaço é boa para quem vai na frente, principalmente o motorista, que tem comandos voltados para si, como o som e ar-condicionado. Um porta-trecos diferente vai no console e abriga uma garrafa devido ao seu formato pouco convencional. Quem vai atrás, porém, espera que motorista e passageiro da frente sejam pequenos, já que o espaço é bom para a cabeça e não tão bom assim para os joelhos.
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Todas os modelos saem de fábrica com dois airbags, mais cinco opcionais que protegem até o joelho do condutor. O Essence ainda vem com rodas de 16”, com acabamento em prata e preto, faróis de neblina e freios a disco nas quatro rodas. Os 132 cv (álcool) a 5.250 rpm empurram bem o hatch que usa a mesma plataforma do Stilo, com algumas evoluções. Já os 18,9 kgfm de torque chegam aos trancos quando o motor atinge 4.500 rpm. Culpa do sistema de câmbio Dualogic, que evoluiu, mas ainda se comporta melhor no modo de trocas manuais. Caso contrário, os “soquinhos” perduram. Os comandos no volante facilitam o manuseio do som.
A versão Absolute se destaca pelo refinamento. As rodas são aro 17, enquanto o ar-condicionado passa a ser de duas zonas, há freios ABS e sensor de estacionamento como itens de série. Porém, o mais agradável da versão avaliada (R$ 62.250) é o câmbio de cinco marchas. Com engates curtos, ele consegue tirar o máximo de desempenho do motor 1.8 com um diferencial muito superior ao antecessorStilo: a ótima dirigibilidade. A suspensão mais firme não permite que o carro “navegue” tanto quanto o modelo antigo, mas ainda sendo um Fiat, com suspensão bastante maleável. Com câmbio Dualogic, este modelo sobe para R$ 65.200.

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