Mãe de duas garotas, mulher de 37 anos seguia para a casa do cunhado, na Avenida Forquilha, quando sofreu o acidente
A BICICLETA TERIA repentinamente cruzado na frente da Honda Titan. Com escoriações no corpo, o piloto foi levado ao hospital - Foto: AKR/JVA online |
IPATINGA – A colisão entre uma bicicleta e uma moto no início da noite desta terça-feira (24), na Avenida Forquilha, no bairro de mesmo nome, em Ipatinga, culminou na morte de Miria da Cunha Silva, de 37 anos. Surda-muda, ela seguia para a residência do cunhado quando sofreu o acidente. Tamanha foi a violência da batida que a mulher perdeu a vida antes que pudesse ser socorrida por médicos e enfermeiros em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Miria estava na bicicleta atingida pela Honda Titan, 150cc, placa HME-7758. A moto era pilotada por Rone Everson Silva Souza, 23. “Segundo testemunhas os dois seguiam no mesmo sentido, em direção ao Bairro Vila Celeste, quando, de repente, a ciclista entrou na frente do motociclista. Contudo, a perícia está no local para averiguar melhor as causas do acidente”, informou o cabo Osvaldo, da Polícia Militar. Ele trabalhou no boletim de ocorrência (BO) sobre o caso. “Rone Everson foi levado ao hospital com algumas escoriações. Ele saiu consciente”, emendou o policial.
O acidente aconteceu em um horário de pico no trânsito. “A prioridade nossa no local é o socorro às vítimas, o que foi feito. A gente não teve a oportunidade ainda de conversar com o motociclista para sabermos melhor o que aconteceu. Pedimos a motociclistas, pedestres e ciclistas que tenham mais paciência no trânsito, pois, principalmente no horário noturno, a visibilidade nas vias é comprometida”, recomendou Osvaldo.
Nos próximos dias, Rone Everson deverá prestar depoimento na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC) explicando as circunstâncias da batida de sua moto contra a bicicleta da surda-muda.
Trânsito que mata
Cunhado de Miria, Marcelo Souza Alvarenga, 34, afirmou que ela tinha o costume de passar pelo local onde morreu. “Todos os dias, à tarde, minha cunhada saía da casa da minha sogra e ia à minha residência, pois gostava muito da minha irmã, de conversar com ela. Provavelmente ela estava indo para lá quando perdeu a vida, pois não ia a outro lugar a não ser à minha casa”, contou Marcelo, afirmando que a surda-muda residia no final da Avenida Forquilha, perto da Igreja Assembléia de Deus. “Eu moro próximo ao campo do Forquilha, já indo para a Vila Celeste. Miria não falava e nem ouvia. Ela deixou duas meninas, uma de 10 anos e uma de quatro. Ela morava na casa da minha sogra e cuidada muito bem das filhas”, completou Marcelo.
Miria já havia perdido o avô e um irmão no trânsito. “Minha sogra está completamente abalada, pois é tudo muito trágico. O pai dela já havia morrido em um acidente de carro, bem como outro filho, que perdeu a vida no Jardim Panorama, também no trânsito. Ela está desesperada e já é uma pessoa idosa, com muitos problemas de saúde. Está tudo muito difícil de contornar”, finalizou Marcelo.
Fonte: JVA online
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