Itair Machado se disse abatido com a queda, mas diz ter tirado lições |
IPATINGA – Após 18 dias da queda do Ipatinga para a Série C do Brasileiro, consumada com a derrota para a Portuguesa, dia 20 de novembro, no Canindé, o presidente do clube, Itair Machado, falou com a imprensa pela primeira vez, em entrevista coletiva que durou pouco mais de 30 minutos. O dirigente recebeu os jornalistas em sua sala, no Ipatingão, na tarde desta quarta-feira (8), e, bem ao seu estilo, não mediu palavras para apontar quais teriam sido as causas do fracasso do Tigre na Série B deste ano.
Em sua declaração mais polêmica, Itair Machado disse que um suposto problema de relacionamento entre três pessoas, que já se desligaram do Ipatinga, foi um dos motivos do fracasso no início da Série B. O então técnico Gilson Kleina, o diretor de futebol e ex-goleiro Rodrigo Posso e o assessor de futebol Juninho Lôla teriam sido pivôs da polêmica. Kleina foi treinador do Tigre nas cinco primeiras rodadas da competição nacional e perdeu os cinco jogos. Ele pediu demissão após a goleada sofrida para o América, por 4 a 0, no Mineirão. Nas sete primeiras rodadas, o time do Vale do Aço só obteve uma vitória.
“O que derrubou o Ipatinga foi fazer sete jogos, disputando 21 pontos, e conseguir apenas três pontos. O que levou a isso? Nós tivemos problemas de relacionamento entre o Gilson Kleina, Rodrigo Posso e o Juninho (Lôla). Quando eu descobri, o caldo já estava entornado. E, junto a isso, o grupo estava muito dividido”, aponta.
Vaidade
Itair Machado reconhece que após o Campeonato Mineiro – em que o Ipatinga foi vice-campeão, perdendo o título para o Atlético – ele se afastou dos bastidores do clube. Segundo o dirigente, sua distância foi maléfica para a equipe.
Vaidade
Itair Machado reconhece que após o Campeonato Mineiro – em que o Ipatinga foi vice-campeão, perdendo o título para o Atlético – ele se afastou dos bastidores do clube. Segundo o dirigente, sua distância foi maléfica para a equipe.
“Deixei tudo na mão do Rodrigo Posso, do Juninho e do Gilson, e a coisa não caminhou como deveria. O câncer do futebol, que é a vaidade, atrapalhou muito o Ipatinga neste ano, entre os jogadores, comissão técnica e diretoria”, alega.
Embora condene a postura dos seus ex-diretores e ex-treinador, Itair Machado faz uma ressalva: “Não estou querendo culpar apenas o Juninho, Posso e o Kleina. Mas adotei uma postura de sempre falar a verdade. E esta é a verdade”.
Abatimento
Itair Machado não escondeu seu abatimento com o rebaixamento para a Série C.
“Realmente fiquei abatido com a queda. Qualquer um ficaria, porque além de presidente sou torcedor e fundador do Ipatinga. Eu não esperava cair na Série B do Brasileiro. Apesar de que aconteceram muitos problemas dentro do Ipatinga e isso atrapalhou muito o rendimento da equipe”.
Abatimento
Itair Machado não escondeu seu abatimento com o rebaixamento para a Série C.
“Realmente fiquei abatido com a queda. Qualquer um ficaria, porque além de presidente sou torcedor e fundador do Ipatinga. Eu não esperava cair na Série B do Brasileiro. Apesar de que aconteceram muitos problemas dentro do Ipatinga e isso atrapalhou muito o rendimento da equipe”.
Segundo o dirigente, as lições tiradas neste ano vão servir para uma mudança de postura. “Muita gente, inclusive a imprensa, fica procurando o porquê que a equipe caiu. Mas nós que estamos dentro do clube sabemos da verdade e estamos dispostos a trabalhar para que os problemas não voltem a acontecer”.
Salários em atraso
Os jogadores e funcionários do Ipatinga tiveram que conviver com meses de salários em atraso em alguns momentos da Série B deste ano. Para Itair Machado, no entanto, isso não prejudicou o rendimento dos atletas em campo. Ele diz que dívidas do clube prejudicaram contratações. E isso, sim, teria prejudicado o Tigre.
Salários em atraso
Os jogadores e funcionários do Ipatinga tiveram que conviver com meses de salários em atraso em alguns momentos da Série B deste ano. Para Itair Machado, no entanto, isso não prejudicou o rendimento dos atletas em campo. Ele diz que dívidas do clube prejudicaram contratações. E isso, sim, teria prejudicado o Tigre.
“O Ipatinga deu azar com as dívidas trabalhistas de 2008 (ano em que o clube disputou a Série A). Quando voltamos da Copa do Mundo deste ano, a renda do Ipatinga foi toda penhorada. De televisão, patrocínio e dos jogos no Ipatingão. Isso fez com que o Ipatinga atrasasse em dois meses o pagamento de salário. Isso atrapalhou o clube a contratar, mas não atrapalhou os jogadores daqui. Conheço jogador, essa questão de atraso em salário não os atrapalha em campo. Isso atrapalha você a contratar”, disse Itair Machado.
Mudança
Em virtude dos problemas apontados por Itair Machado no ambiente interno do Ipatinga neste ano, o clube resolveu fazer mudanças. Carlos Oliveira deixa de ser supervisor de futebol para se tornar gerente de futebol, haja vista seu bom relacionamento com os jogadores. Ivo Feu, que trabalhava na supervisão da categoria de base do Tigre, já está atuando como supervisor do profissional.
Mudança
Em virtude dos problemas apontados por Itair Machado no ambiente interno do Ipatinga neste ano, o clube resolveu fazer mudanças. Carlos Oliveira deixa de ser supervisor de futebol para se tornar gerente de futebol, haja vista seu bom relacionamento com os jogadores. Ivo Feu, que trabalhava na supervisão da categoria de base do Tigre, já está atuando como supervisor do profissional.
Posso nega problemas de relacionamento
O DIÁRIO DO AÇO conversou com o goleiro Rodrigo Posso, ex-diretor de futebol do Ipatinga, para que ele se posicionasse acerca das declarações do presidente Itair Machado de que ele teria tido problemas de relacionamento com o então técnico Gilson Kleina e o assessor de futebol, Juninho Lôla.
Rodrigo Posso negou que tenha tido esse tipo de problema. “Da minha parte, nunca tive problema de relacionamento com ninguém. O melhor julgamento da minha pessoa pode ser feito por vocês (da imprensa)”, sintetizou Posso, um dos principais ídolos da torcida do Tigre.
Rodrigo Posso vai voltar a jogar. Acertou com o Uberlândia recentemente e em 2011 vai disputar o Módulo II do Mineiro pelo time do Triângulo mineiro. O goleiro ainda comentou sobre sua tristeza pela queda do Ipatinga para a Série C. “Sou um ipatinguense de coração. A única coisa que tenho a dizer é da minha tristeza de ver o Ipatinga na Série C, de onde ajudei a tirar o clube”, declarou.
A reportagem tentou entrar em contato com Juninho Lôla por telefone, mas sem êxito. Até o fechamento desta edição ele não retornou as ligações.
Repórter : Bruno Jackson
fonte: Diário do Aço
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