Há vagas!

Empresas da região do Vale do Aço estão contratando profissionais de outros estados, pois está faltando mão de obra qualificada.




Quarta-feira passada foi o Dia da Indústria. Só no Vale do Aço, o setor emprega cerca de 98 mil pessoas. Esse número pode aumentar ainda mais, pois a cada dia, novos alunos se formam em cursos profissionalizantes. 

Nas quatro cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço, estão instaladas hoje 6.561 indústrias. A maioria do setor metal mecânico, segundo a federação que representa o setor. São mais de 98 trabalhadores registrados nestas empresas com carteira assinada. Segundo o presidente da FIEMG (Federação de Indústrias do Estado de Minas Gerais), Luciano Araújo, o setor industrial, atualmente, representa quase 13% do PIB (Produto Interno Bruto) estadual e mais de 10% da arrecadação de ICMS (Imposto Sobre Mercadorias e Prestação de Serviços) estadual. 

Ainda segundo o presidente regional da FIEMG, a região superou os efeitos da crise internacional de 2008. Ele conta que, antes da crise, as empresas da região estavam trabalhando com 90% de sua capacidade, durante a crise chegou a cair para 60%, mas atualmente, já pode-se ver a recuperação: essas empresas estão trabalhando, novamente, com o mesma capacidade anterior à crise. 

A recuperação da indústria trouxe uma lição importante para os empresários: é preciso diversificar os produtos oferecidos para ter mais competitividade. Foi o que fez uma empresa de caldeiraria, estruturas metálicas e usinagem, com uma década e meia no mercado. Há dois anos, entrou nos setores de óleo, petróleo e gás. E agora vai começar a fabricar torres e hélices para indústrias da energia eólica, que usa a força dos ventos. Em cinco anos a empresa triplicou o número de funcionários, atualmente são 420 e a intenção é contratar mais. O problema é encontrar mão de obra qualificada. De acordo com o gerente Hitler Dias, a empresa está contratando funcionários de outros estados, que têm a qualificação desejada. 

Segundo o Serviço Nacional de Emprego, o déficit de vagas no setor metal mecânico chega a 20% no Vale do Aço. Na indústria têxtil, esse déficit é de 30%, principalmente porque faltam costureiras. Na indústria da construção civil só 30% das vagas são preenchidas. Para tentar diminuir essa deficiência, cursos são oferecidos em escolas profissionalizantes da região. Atualmente 900 alunos estudam no Senai de Ipatinga. O diretor do Senai, Plínio Verçosa conta que, no dia 18 do mês que vem começaram as aulas no Senai de Coronel Fabriciano, com 150 vagas e está sendo feito um estudo para a implantação de outra filial em Timóteo, para 300 a 400 pessoas. 

A última quarta-feira foi o último dia de aula de uma turma, que se formou na área da construção civil. São 40 alunos ao todo, o curso durou seis meses e foi desenvolvido em parceria com a secretaria de assistência social do município. Com tantas empresas a procura de bons profissionais, Felipe Marinho, espera não ter dificuldade para conseguir emprego. Ele está se formando em pedreiro de acabamento e acredita que, com a formação adquirida será muito mais fácil conseguir um emprego nessa área. 


Fonte: In360

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