Assassinato de soldador pode ter sido vingança

Ronan, que recebeu dois tiros na cabeça e outros quatro nas costas, teve problemas com a Polícia Militar
27-08-2011 10:51
PARAÍSO – O homicídio do soldador Ronan Costa Resende, de 21 anos, é investigado pela equipe da delegada Amanda Sfredo, da Polícia Civil de Santana do Paraíso. O crime foi descoberto no final da tarde do último dia 19, quando o corpo do rapaz foi localizado em uma plantação de eucaliptos à margem da BR-381, na saída de Ipatinga para Governador Valadares. Ronan foi vítima de uma execução sumária: recebeu dois tiros na cabeça e outros quatro nas costas. Uma das linhas de investigações aponta que ele pode ter sido morto em uma vingança. 

Na manhã desta sexta-feira (26), a reportagem do jornal VALE DO AÇO conversou com Amanda Sfredo sobre como andam as investigações. A delegada informou que retornou com sua equipe ao lugar onde o cadáver foi localizado. “Nós não encontramos projéteis e tampouco cápsulas lá. O perito Luís Carlos nos acompanhou e confirmarmos, através de resquícios de sangue e outras pistas, que a execução se deu no mesmo local onde o corpo foi localizado”, informou a policial civil. Ela complementou: “Já foram solicitados os laudos sobre o crime e agora estamos ouvindo todas as pessoas arroladas como testemunhas e familiares, no sentido de refazer os últimos passos da vítima e buscar, assim, apurar tanto a autoria, quanto a materialidade, as circunstâncias e a motivação. Queremos dar uma resposta para a família e para a sociedade”.

Segundo a delegada há mais de um ponto de investigação. “Nós temos mais de uma possibilidade e ainda não fechamos em uma linha investigativa. Ainda não existem elementos para afirmar nada e as investigações estão se iniciando”, declarou a policial.

Suposta vingança  
Amanda Sfredo revelou que Ronan era acusado juntamente com o irmão de um assassinato ocorrido em Naque. “Há sim um inquérito policial em que eles figuram como investigados. Eu não tenho certeza do andamento e o delegado Elder Chantal, que é o responsável pela investigação, pode falar melhor a respeitos dos fatos, mas, de fato, o Ronan era um dos investigados nesse homicídio e pode ter sido vítima de uma vingança”, afirmou a delegada. 

Polícia Militar
O corpo de Ronan foi encontrado no dia 19, uma sexta-feira. Cerca de uma semana antes, no sábado (13), a Polícia Militar desencadeou uma operação em Paraíso, na qual várias pessoas foram abordadas, inclusive o soldador, que não mais foi visto após supostamente ter entrado em uma viatura. “Ele era, com freqüência, alvo de abordagens policiais mesmo. Ronan tinha envolvimento com o tráfico de drogas e, a princípio, não dá pra gente fechar em nenhuma linha investigativa. É necessário o desenrolar das investigações”, disse Amanda Sfredo. Sobre um problema que o soldador teve com policiais militares no início de outubro de 2010, a delegada observou: “Houve uma reação a uma abordagem. Isso já foi apurado e investigado, mas também, a princípio, não tem ligação direta com o homicídio”. O jovem morava no Bairro Águas Claras, em Paraíso. Era usuário de drogas e tinha registros de prisões na Polícia Militar.

Fonte:  JVA online

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