Bolsonaro assumiu que a declaração foi ambígua, mas que não teve a intenção de ofender a presidente
AGÊNCIA CÂMARA
|
25-11-2011 19:28
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira, vai enviar representação ao Conselho de Ética da casa solicitando a cassação do mandato de Jair Bolsonaro (PP-RJ), que fez insinuações sobre a sexualidade da presidente Dilma Rousseff na tribuna, nesta quinta-feira (25).
Paulo Teixeira considerou graves as afirmações de Bolsonaro e afirmou que o parlamentar é reincidente na quebra do decoro. A assessoria de imprensa da Presidência afirmou que Dilma não vai sem manifestar sobre o episódio. Cândito Vacarezza (PT-SP) disse que Bolsonaro deveria pedir desculpas ao país pelas declarações, mas que não cabe pedido de cassação, já que Bolsonaro goza da imunidade parlamentar enquanto deputado federal. O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), também afirmou que um processo contra Bolsonaro não deve prosperar devido à imunidade parlamentar.
A declaração do deputado teve repercussão também no judiciário. O ministro do Supremo tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, considerou a fala de Bolsonaro foi um 'abuso de retórica inconcebível'. Já o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou que o deputado extrapolou a imunidade parlamentar e deveria sofrer um processo de injúria e difamação, já que a imunidade parlamentar não cobre agressões.
Na tarde desta quinta, Jair Bolsonaro afirmou que Dilma deveria “assumir se tem amor por homossexual”, referindo-se ao fato de a presidente não ter vetado a proposta da distribuição da cartilha anti-homofobia e a obrigatoriedade de conteúdos contra a discriminação nos currículos escolares. Após a repercussão da fala, o deputado afirmou que não quis ofender a presidente e que não vai parar de falar contra as propostas anti-homofobia.
Fonte: O Tempo
0 comentários:
Postar um comentário