Atlético sai na frente, mas é goleado pelo Flamengo no Engenhão

Thiago Neves comemora o gol da virada, que deu mais ânimo ao time comandado por Vanderlei Luxemburgo
ALEXANDRE LOUREIRO/VIPCOMM

O resultado não era o que o Atlético queria. Em uma noite em que o futebol do Galo não apareceu, o time alvinegro foi goleado pelo Flamengo, no Engenhão, por 4 a 1, gols de Dudu Cearense, que abriu o placar para o time mineiro, e Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e Deivid (2), para o rubro-negro carioca. A goleada deixou os jogadores cabisbaixos, sem uma boa explicação para a derrota.
Agora, o time alvinegro volta para Belo Horizonte e vai trabalhar, pois no meio da semana, na próxima quinta-feira, irá tentar se redimir contra o Internacional, na Arena do Jacaré.
O nível do jogo no primeiro tempo foi muito fraco, com as duas equipes errando muitos passes. O meio-campo do Atlético até tentou 'entregar' o ouro, mas a incompetência do Flamengo não permitiu que o clube da Gávea abrisse o placar.
Aos quatro minutos da etapa inicial, o Galo teve uma ótima oportunidade de sair na frente, com Guilherme. O atacante recebeu belo passe de Daniel Carvalho, mas na hora de arrematar para gol, isolou a redonda, para o desespero de seus companheiros.
Aos sete minutos, Ronaldinho Gaúcho cobrou uma falta da intermediária. Apesar de ser um ótimo cobrador de tiros livres, não foi dessa vez que o meia rubro-negro balançou as redes do Galo. A bola saiu por cima, muito longe da meta de Renan Ribeiro.
Aos 15 minutos, o Atlético fez uma linda jogada de efeito, novamente com Guilherme. O atacante acionou Patric, por meio de um belíssimo passe de calcanhar, mas o lateral-direito do Galo perdeu a posse da redonda e, ainda, outra chance de colocar o time alvinegro na frente do placar. Aos 19 minutos, Guilherme, que tinha boa presença no ataque, fez falta dura em Léo Moura e foi advertido com o cartão amarelo.
A melhor chance do Flamengo foi aos 24 da primeira etapa. Em belíssima troca de passes entre Ronaldinho Gaúcho e Renato Abreu, um tiro quase certeiro de Renato para o gol de Renan Ribeiro. A bola passou tão perto, que parte da torcida do Flamengo chegou a se animar.
Aos 26, outra chance do time carioca. Léo Moura recebe passe milimétrico de Thiago Neves. O lateral atirou a gol, mas a redonda passou a direita do arqueiro alvinegro. Neste momento, Dorival Júnior reclamava das bolas perdidas no meio campo, pelos jogadores do Galo.
Apesar da bronca, Dudu Cearense, que já havia levado o cartão amarelo, por falta dura em Júnior César, quase entregou um gol para o Flamengo. O técnico Alvinegro continuou na bronca.
A melhor chance do Galo foi, novamente, com o atacante Guilherme. Em um lance de muita “plástica”, o jogador arrematou a gol com um chute “sem pulo”, após receber bom cruzamento de Guilherme Santos. Felipe foi obrigado a fazer grande defesa.
Segundo Tempo
O técnico Dorival Júnior resolveu dar nova cara ao Galo no segundo tempo. No intervalo, fez logo duas modificações. O comandante alvinegro sacou Daniel Carvalho e colocou Renan Oliveira e, também, acionou Neto Berola. Para a entrada do “foguete alvinegro” saiu Magno Alves, que não estava bem na partida.
E o efeito das mudanças foi quase imediato. Aos oito minutos, o Atlético lançou uma bola na área do Flamengo. No cruzamento, Dudu Cearense subiu mais alto do que a zaga rubro-negra e testou para o fundo das redes, sem chances para Felipe. Era o primeiro gol do jogador com a camisa alvinegra. Com o placar a favor, o Galo era só pressão. Renan Oliveira também entrou bem no jogo e quase marcou o segundo.
Mas, quem fica só no quase, ou seja, não faz mais gols, leva. Aproveitando um lance de bobeada da zaga atleticana, Ronaldinho Gaúcho, aos 10 minutos da etapa final, acertou um belíssimo chute, no ângulo de Renan Ribeiro. Era o empate do Flamengo, que jogava um balde de água fria nos planos do time mineiro. E, ainda, o indício de que o tabu – nenhum time mineiro jamais ganhou uma partida no Engenhão – iria se manter. Após o empate, o time do Rio era só pressão e deixava o Atlético perdido no gramado.
Nessa pressão flamenguista, o time carioca conseguiu mais 'frutos'. Aos 30, Negueba entrou na área, pela direita, e cruzou. A bola caiu no pé do talentoso Thiago Neves, que não perdoou. Era a virada do time de Vanderlei Luxemburgo, ex-técnico do Galo, que "lavava a alma" no estádio do Rio. E, ainda tinha caixa para mais. Depois de outra jogada plástica de Guilherme, que deu uma linda bicicleta em direção ao gol de Felipe, aconteceu um rápido contra-ataque preto e vermelho. No lance, Deivid 'fuzilou' Renan Ribeiro. 3 a 1. O Galo abatido ainda teve tempo de voltar para Belo Horizonte com 4 gols na bagagem. Deivid fez o gol que terminou de fechar o “caixão alvinegro”.

0 comentários: