Passeata de professores cobra o cumprimento da Lei do Piso em Ipatinga

O protesto percorreu as avenidas do Centro e terminou com uma concentração na Praça 1º de Maio
IPATINGA - Os professores da rede municipal de Ipatinga realizaram mais uma atividade como parte dos protestos pelo cumprimento da lei do piso salarial na cidade. Eles fizeram uma manifestação no início da noite de ontem (28), que saiu do acampamento montado na porta da Prefeitura, percorreu as avenidas mais importantes do Centro e terminou com uma concentração na praça 1º de Maio. O trânsito no local, já tumultuado pelo horário de pico, foi paralisado por diversas vezes e pequenos congestionamentos foram registrados.
Até um trio elétrico foi usado no protesto. Os manifestantes denunciavam supostas ameaças da administração municipal contra funcionários das escolas da cidade e irregularidades na Secretaria de Educação de Ipatinga.

APOIOS
Alguns vereadores se juntaram ao movimento, declarando apoio do Legislativo à categoria, que também conta com a simpatia de diversos movimentos da cidade.
A greve dos professores municipais completa três semanas hoje (29). Eles reivindicam que seja pago pela Prefeitura o piso salarial no valor de R$ 1.597 para profissionais do nível médio, a regulamentação da extensão da jornada, conhecida como dobra no expediente, a realização de um concurso público até novembro deste ano para completar as vagas em aberto nas escolas da rede, a elaboração de um projeto de lei para conceder aos professores contratados benefícios como férias e o 13º salário e também que seja estabelecida uma comissão para estudar os aumentos salariais.
Uma assembleia será realizada nesta quarta-feira na escola Manoel Izídio, no Centro, para definir as próximas atividades do movimento grevista.

ESTADO
Também em greve desde o dia oito deste mês, os professores da rede estadual definiram em assembleia realizada ontem, em Belo Horizonte, pela continuidade do movimento. 
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), cerca de 6 mil trabalhadores em educação aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado. Depois da decisão, os professores deram um abraço simbólico nos prédios da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e do Ministério Público da capital.
Ainda na reunião, os profissionais aprovaram uma série de atividades para mobilização dos professores. Audiências públicas, panfletagens em todo o Estado e protestos estão nos planos da categoria, que reivindica melhores salários.
No dia seis de julho, no pátio da ALMG, às 14 horas, os trabalhadores fazem nova assembleia estadual. Na oportunidade vão se juntar aos servidores da saúde, que também estão em greve por tempo indeterminado.

Fonte: Diário Popular

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