Homem é assassinado por filho e genro em Fabriciano

Deizimario e Fabiano fugiram após cometer o homicídio


FABRICIANO – Terminou de maneira trágica a briga entre pessoas de uma mesma família no início da noite desta quarta-feira (28), em Coronel Fabriciano. Milton Ferreira Ramos, de 51 anos, foi morto a facadas e golpes de barra de ferro desferidos pelo próprio filho e pelo genro, que estão foragidos. A esposa da vítima, mãe e sogra dos assassinos, conversou com o jornal VALE DO AÇO e deu detalhes da barbárie, ocorrida em uma residência no Bairro Morada do Vale.   


Milton Ramos era alcoólatra e muito violento, conforme afirmou sua esposa
Os responsáveis pelo crime foram Deizimario Ferreira dos Reis, 18, e Fabiano da Costa Vieira, 25. O primeiro é filho de Milton e o outro, o genro. “Meu marido estava chegando em casa bêbado constantemente e ameaçando de morte a mim e a meus filhos. Anteontem (na terça-feira, dia 27) ele tentou matar Deizimario com uma foice e só não conseguiu porque um rapaz interveio”, contou Maria Helena dos Reis, 46, viúva de Milton, mãe de Deizimario e sogra de Fabiano. Ela falou dos momentos que antecederam o homicídio: “Na noite desta quarta-feira ele (o esposo) chegou novamente embriagado e pediu comida. Eu esquentei a comida pra ele, que pegou um copo de café e jogou no chão. Meu menino (Deizimario) chegou do serviço, entrou em casa e pisou no vidro. Ele perguntou: ‘Ô mãe, o que está acontecendo?’. Eu peguei e falei: ‘É um copo que seu pai quebrou’. Aí Milton já levantou ameaçando matar meu filho, entendeu?”.


Maria Helena garantiu que Deizimario e o genro agiram em legítima defesa e que a família toda vivia um inferno nos últimos anos, pois Milton era muito violento e ameaçava matar a todos. “Quando começou a confusão por causa do copo, ele (o marido) avançou em mim para me matar. O meu menino (Deizimario) tentou me defender e deu no pai um golpe. Milton deitou na hora. Meu genro chegou e acabou de acertar o meu esposo. Não sei quem deu as facadas ou quem desferiu os golpes com a barra de ferro, pois não vi”, descreveu a mulher. 


O perito Gilmar Miranda segura a barra de ferro usada no assassinato
Ameaças e violência 
Maria Helena insistiu em afirmar que Milton era uma pessoa muito transtornada e violenta. “Ele jurou um vizinho nosso de morte sem motivo algum. Dizia que ia me matar e também a Deizimario. Eu sempre tentava apaziguar. Minha menina largou do marido e veio barriguda (grávida) para dentro de casa. Milton falava que ia matá-la, chutar a barriga dela e também assassinar o ex-marido dela. Ele já tentou assassinar a nossa outra filha com uma faca há uns três meses, mas meu outro genro, o Fabiano, deu um soco no rosto dele e impediu”, relatou. 


Na ocasião em que Milton tentou assassinar o filho com uma foice, a Polícia Militar chegou a registrar um boletim de ocorrência (BO) sobre o ocorrido. “Atualmente meu menino (Deizimario) estava dormindo na casa de um vizinho para que o pai não o matasse na cama. Queria assassiná-lo sem motivo nenhum. O negócio dele era beber cachaça e maltratar os outros”, disse Maria Helena, afirmando que, anos atrás, o marido chegou a atear fogo na própria casa com a família dentro. “Nesta quarta-feira meu filho teve que matar o pai por legítima defesa: para ele e eu não morrermos. A confusão foi toda por causa do copo quebrado. Meu menino pisou e perguntou: ‘Que copo é esse aqui que eu pisei?’ Aí meu marido já levantou para matar o nosso filho, pois já estava com essa má intenção”, ratificou Maria Helena. De acordo com ela, era casada há 24 anos com Milton. O casal teve três filhos, mas criaram quatro, pois uma moça era filha de criação. “A gente não queria que isso acontecesse. Foi uma tragédia na família, mas para eu e o meu filho não morrer, foi necessário isso ocorrer. Os vizinhos todos sabem como Milton era violento. Ele vinha querendo me matar há muitos anos. Parava de beber e consertava, mas depois voltava e era a mesma coisa. Ele não precisava de motivos para estressar ou estourar. Já chegava em casa quebrando as coisas. Meu filho e meu genro defenderam a minha vida”, concluiu Maria Helena. Milton foi esfaqueado no tórax e recebeu golpes na cabeça com a barra de ferro. A faca não foi encontrada. Já a barra estava distante cerca de 50 metros da residência da família. Até o fechamento desta edição, os assassinos não haviam sido encontrados. 


Fonte: Informações do Portal JVA Online

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