Hospitais do Vale do Aço sofrem com fechamento do Siderúrgica

28-10-2011 19:01
Graciane Fátima, vendedora, mora em Coronel Fabriciano. Há pouco mais de um mês sofreu um acidente de moto e fraturou o pé esquerdo. Foi levada ao Hospital Vital Brazil em Timóteo. Segundo ela, só depois de muita insistência conseguiu atendimento. Conta ainda que uma cirurgia teria sido agendada e não aconteceu. Para resolver o problema, a vendedora teve que realizar o procedimento em outro estado. A vendedora conta que logo que chegou em Vitória, no Espírito Santo, conseguiu o atendimento necessário. Ela ressalta que foi informada por um médico que se esperasse muito tempo pela cirurgia, poderia não andar mais.

O soldador Dênis Ferreira sofreu um acidente de carro no dia 16 do mês passado. Teve várias fraturas no braço direito. Alega que ao chegar no Hospital Vital Brazil, ficou sabendo que seria preciso passar por uma cirurgia. Após 40 dias nada foi feito ainda. Segundo Dênis um médico o informou que se não passar pela cirurgia em até 20 dias, corre o risco de perder o braço. Ele reclama de muita dor.

O Hospital Siderúrgica está com o funcionamento suspenso desde cinco de julho. Até o momento, os moradores de Coronel Fabriciano são atendidos no Vital Brazil em Timóteo ou no Márcio Cunha em Ipatinga. Mas de acordo com superintendente regional de saúde do Vale do Aço, Anchieta Poggiali, o número de vagas disponíveis nos hospitais é limitado. O superintendente explica que os pacientes que devem ser hospitalizados têm a preferência no atendimento, ou seja, os atendimentos eletivos ficam a posterior.

Em reportagem exibida no MG Inter TV mostramos a crise vivida pelo Hospital Siderúrgica que desde de 2009 enfrenta problemas financeiros. Em uma nota divulgada esta semana pela Justiça do Trabalho de Coronel Fabriciano foi informado que a Associação Beneficente São Sebastião tem prazo até dia oito de novembro para apresentar os valores de acertos rescisórios dos funcionários. Também ficou estabelecido que o sindicato profissional dos trabalhadores do hospital estaria autorizado a fazer venda dos bens móveis do Siderúrgica a partir do dia nove de novembro caso antes não seja publicado um decreto do governo estadual. Já segundo o secretário regional de saúde, assim que a parte burocrática estiver resolvida, o processo de reabertura do hospital será retomado. De acordo com Anchieta a secretaria depende do decreto de desapropriação do imóvel e da legalização da documentação do proprietário. 

A Secretaria de Estado de Saúde informou que ainda nada foi publicado porque a Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais (AGE) analisa o processo de desapropriação. Segundo a assessoria do Hospital Vital Brazil, as cirurgias que não são de urgência estão temporariamente suspensas. Não há mais vagas para a agenda nesse ano. 

Fonte: In360

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