Cruzeiro joga a vida contra o Ceará no Presidente Vargas


Capitão Fábio assume a responsabilidade "no jogo mais importante da carreira", segundo o próprio jogador
VIPCOMM/DIVULGAÇÃO

27-11-2011 09:53
É matar ou morrer. Assim pode ser definida a 37ª e penúltima rodada do Brasileiro para o Cruzeiro. Sob um clima de muita tensão, o time entra em campo neste domingo contra o também ameaçado Ceará, às 17h (horário de Brasília), no Presidente Vargas, podendo afastar definitivamente a ameaça do rebaixamento para a Série B ou praticamente decretar sua queda.
Se vencer o Vovô e contar com um tropeço do Atlético-PR frente ao América, que duelam no mesmo horário, em Uberlândia, a Raposa garante a permanência na Série A.
No entanto, caso perca, será ultrapassada pela equipe de Fortaleza e jogará sua sorte no dia 4 de dezembro, no clássico diante do Atlético, no qual fazer a sua parte talvez não garanta mais a manutenção na elite do futebol brasileiro.
Mesmo sem possuir um grupo e um time dignos de suas tradições, o Cruzeiro desperdiçou por várias vezes a chance de ficar em uma condição confortável na classificação e eliminar o risco de ser rebaixado. As atuações insossas nos empates com Avaí (0 a 0) e Atlético-PR (1 a 1) são os exemplos mais recentes de toda a atmosfera de desespero que se criou.
Desculpas como suspensões, contusões, cansaço de jogadores e falta de opções no elenco foram dadas ao longo da fraca campanha da Raposa que, atualmente, ocupa o 16º lugar, com apenas 39 pontos, um a mais que Ceará e Furacão. É hora de superar qualquer adversidade para evitar lamentações, no futuro, de que faltou alguma coisa.

Com a palavra...
Se o time carece de qualidade – algumas exceções são o goleiro Fábio e o meia Montillo, principais atletas do plantel –, vai ter que ser na raça e na vontade para levar a melhor em cima de um oponente que também jogará sua vida neste confronto.
“Não aceito nem a desculpa do calor. Temos que passar por cima de tudo. Se é o jogo mais importante da nossa vida, do milênio, temos que passar por cima de todas as adversidades e vencer o Ceará”, ressaltou o técnico Vágner Mancini
Capitão celeste e maior ídolo da história recente do clube mineiro, o goleiro Fábio promete fazer a sua parte e espera o mesmo empenho dos demais jogadores da Raposa.
“O que interessa é vencer. Não sei qual será a motivação de cada um, mas esta é a partida mais importante da minha vida. Espero que possamos fazer um ótimo jogo. Cada um vai buscar o que tem de melhor. Se não for na qualidade, vai ser na raça, na entrega”, salientou o camisa 1.

Outro que coloca o jogo como histórico é o volante Charles, que voltou ao clube no meio da atual temporada. Para ele, o duelo diante dos nordestinos será um dos momentos mais fundamentais de sua vida no futebol.

“Nunca passei por uma situação complicada como essa. É uma guerra e vamos para o campo em busca da vitória. Eles também precisam vencer e será um jogo aberto. Que vença o melhor e que seja a nossa equipe”, afirmou.
“Não vejo o Cruzeiro jogando uma segunda divisão. Não entra na minha cabeça. Meu sonho principal é tirar o clube dessa situação”, observou o central.
Rival de peso no Nordeste

No Ceará, a obrigação de vitória é notada em todos os lugares de Fortaleza, mas, principalmente, nas falas dos membros alvinegros. O goleiro Fernando Henrique, ex-Fluminense, lembra da força da torcida no Presidente Vargas, que estará pintado de preto e branco neste domingo.

“A permanência seria um grande presente de aniversário, mas precisamos fazer por onde. Jogaremos em casa, com o apoio maciço do nosso torcedor, e precisamos usá-lo como 12º jogador”, encerrou.
CEARÁ X CRUZEIRO
Local: Presidente Vargas, em Fortaleza (CE)
Data/hora: 27/11, às 17h (de Brasília)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Assistentes: Altemir Hausmann (RS) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
CEARÁ
Fernando Henrique; Heleno, Fabrício, Daniel Marques e Eusébio; Juca, Michel, João Marcos e Thiago Humberto; Osvaldo e Washington.
Técnico: Dimas Filgueiras.
 
CRUZEIRO
Fábio; Marquinhos Paraná, Léo, Victorino e Diego Renan; Fabrício, Charles, Lendro Guerreiro e Montillo; Ortigoza (Anselmo Ramon) e Wellington Paulista.
Técnico Vágner Mancini

Fonte: O Tempo

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