José Maria tinha passagens por furto, envolvimento com drogas e inclusive homicídio |
TIMÓTEO - O presidiário José Maria de Souza, de 41 anos, foi localizado morto anteontem na avenida dos Rodoviários, bairro Santa Terezinha. A vítima tinha cinco perfurações provocadas por arma de fogo. Ele foi atingido na cabeça e braço.
Segundo a Polícia Militar, a vítima tinha diversas passagens por furto, tráfico de droga e homicídio. Ele estava em prisão domiciliar há alguns meses, conforme informações de parentes.
José Maria residia com a mãe. Antes de sair de casa, ele disse aos familiares que sairia apenas por pouco tempo e retornaria. A irmã de José, Cristiane de Souza, de 30 anos, contou que a família desconhecia que ele estivesse sofrendo ameaças de morte. Quando souberam do ocorrido, os parentes foram até o local. "Assim que recebemos a informação de que ele estava morto lá na BR, fomos até o local. Só que não sabemos o motivo", revelou.
Cristiane informou que o irmão era uma pessoa boa e aparentemente tranquila. Mas, ele tinha envolvimento com o comércio de drogas, tanto que por esse motivo tinha cumprido pena. Atualmente estava em liberdade condicional, mas os familiares não conheciam as pessoas com quem José Maria convivia.
"Infelizmente não sabemos falar nem com quem ele saiu antes de ser morto. Ninguém viu o momento em que ele saiu de casa. Infelizmente, a gente que é parente esperava por isso mais cedo ou mais tarde. A pessoa que entra nessa vida do crime sabe que o fim ou é a cadeia ou cemitério. Então esse foi o fim trágico dele, a família não fica satisfeita mas tem que conformar", lamentou.
PROBLEMAS
José Maria era separado e deixou quatro filhos que moram com a mãe no bairro Macuco, também em Timóteo. Desde os 20 anos a vítima tinha envolvimento com as drogas. "As coisas acontecem e a justiça divina é reta. Deus vai cobrar da forma dele. Agora não adianta querer achar um culpado, porque o José Maria já se foi mesmo", justificou Cristiane.
Para a mãe Maria das Graças, de 60 anos, a vítima disse que iria trabalhar para um homem, mas ele não mencionou o nome. Ela revelou que o filho acabou não indo trabalhar e saiu rumo ao bairro Alegre. Ele foi visto na tarde de sábado em um bar consumindo bebida alcoólica. À noite, quando ele voltava para casa, aconteceu a execução.
"Meu filho já ficou preso, ele tinha que cumprir um resto da pena de 9 meses. Depois ficamos sabendo que ele tinha mais crimes para pagar. Ele inclusive estava em casa em prisão domiciliar. Trabalhava como ajudante de pedreiro. O que ele achava de "bico" fazia, ele ainda estava estudando", contou a dona-de-casa.
PRISÃO DOMICILIAR
A mãe comentou que não gostava que José Maria saísse de casa, já que ele cumpria prisão domiciliar. "Não queria que ele saísse. Mas, infelizmente, os filhos só são da gente quando estão na barriga e no peito, amamentando. A partir do momento que amarrou as calças, já era, e fazem o que quer. Acham que tudo está certo, não acreditam no que a mãe diz e acham que a gente não os quer perto dos amigos", lamentou.
"Sinceramente, falava com ele que ou ele voltaria para a cadeia ou apareceria morto, pois essas eram as duas coisas que poderiam acontecer a ele. Não tenho raiva de quem fez isso com meu filho, nem quero saber. A única coisa que sei é que quem fez isso não está com a cabeça tranquila".
Fonte: Diário Popular
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