Dnit diz que obra começará em agosto deste ano

381 é considerada a rodovia
que mais mata no Brasil
Uma pista de corrida. Assim é a BR-381 para alguns motoristas. Rodovia da morte, assim também é conhecida essa estrada para muita gente, inclusive para o caminhoneiro José Dias, há quase três anos sem poder trabalhar. Ele voltava de Belo Horizonte da casa de parentes no dia 27 de dezembro de 2008. No carro estavam a mulher dele, Maria do Carmo, e a filha de 12 anos, Ana Carolina Rodrigues. O carro aquaplanou e bateu em uma caminhonete que vinha em sentido contrário. Maria e Ana Carolina morreram na hora. José ficou em coma durante dois meses e meio. Para ele, a duplicação da rodovia já passou da hora de ser feita.

A história da duplicação parece uma novela sem fim para quem precisa trabalhar nela. Humberto Pedra é gerente da Cooperativa Valadarense de Transporte de Cargas e diz que as condições da rodovia não atendem ao volume de veículos de hoje. Em média, cada caminhoneiro roda cinco mil quilômetros a mais por mês do que há dez anos.

E mais um novo capítulo desta história aconteceu na última sexta-feira (21), quando o Dnit anunciou que o projeto vai sair do papel. De acordo com o órgão, as obras devem começar em agosto, com o prazo máximo de conclusão de quatro anos. Com relação ao trecho que vai de Governador Valadares até Ipatinga, a licitação deve ser feita até a primeira quinzena de maio.

A frente parlamentar, composta por vereadores de vários municípios cortados pela rodovia, já enviou diversos documentos ao governo federal explicando a necessidade de se estender a duplicação até Valadares. Para o presidente da frente parlamentar, o vereador Lierte Júnior, o anúncio do Dnit não encerra os trabalhos, já que este projeto, segundo ele, foi esquecido por três vezes. (com In360)

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