Golpe de agência de turismo de Ipatinga pode ser milionário

Agência de turismo também
 funcionava como casa de câmbio

O delegado João Luiz, titular da Delegacia de Falsificações e e Defraudações de Ipatinga, estima que chegue a R$ 1 milhão o prejuízo causado pela agência de turismo denominada Nascimento a seus mais de 40 clientes. As quatro pessoas, dentre elas os irmãos Márcio e Tiago Alves, que estavam à frente da agência, vão responder nas esferas civil e penal. "Todos serão responsabilizados civil e penalmente. Eles terão que indenizar as vítimas e já temos provas de que praticaram crimes de estelionato. Até cheques de clientes eram adulterados", esclareceu o delegado João Luiz. Dois meses de investigações resultaram anteontem (28) nas prisões em flagrante dos irmãos responsáveis pela agência instalada na avenida João Valentim Pascoal, no Centro de Ipatinga. 


O delegado João Luiz disse ao DIÁRIO POPULAR que a agência também funcionava como casa de câmbio, estabelecimento destinado à compra e venda de moeda estrangeira. "Durante esse período de investigações, constatamos graves irregularidades. Além da prática de estelionato, que consistia na emissão de um documento sem validade para viagens, descobrimos que a agência era usada como casa de câmbio. O ponto de partida para a descoberta foi a denúncia de V., morador de Santana do Paraíso.

Ele vendeu moeda estrangeira para os donos da agência e está com prejuízo de R$ 15 mil", contou o delegado. "Vim da Espanha há dois meses, e meu pai vendeu euros para esse pessoal. Depositaram um cheque de terceiros na minha conta e até hoje estou no prejuízo. Com esse trabalho da Polícia Civil agora, começo acreditar que vou receber e que serão punidos", disse a a vítima. Até o momento 20 pessoas representaram contra a agência, mas o delegado crê que esse número deve duplicar nos próximos dias. Os acusados estão recolhidos no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Ipatinga. Dois advogados contratados pelos empresários tentam junto ao Judiciário que eles respondam às acusações em liberdade. O delegado João Luiz pede às pessoas lesadas pela agência que procurem a delegacia para as providências legais. (Rodrigo Neto) 



fonte: Diário Popular