CONFORTO CONTINUA MARCANTE - Novo Corolla, o líder na média


Medidas. O sedã japonês tem 4,54 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,48 m de altura e 2,60 m de entre-eixos; porta-malas comporta 500 l
FELIPE BOUTROS

Líder há um bom tempo entre os sedãs médios, o Toyota Corolla ganhou em março novidades no visual e no conjunto mecânico nas versões de entrada. Avaliamos a intermediária XEi, com motor 2.0 e câmbio automático de quatro marchas.

Esteticamente, as mudanças foram discretas, mas fizeram bem ao modelo, especialmente na traseira. As lanternas têm agora lentes transparentes, com um ar mais jovial, e as luzes com uma nova distribuição. Fora isso, nas configurações XEi e Altis, a Toyota adotou lanternas com iluminação por LEDs. A moldura da placa está maior. Na dianteira, a grade ficou mais ampla e com os filetes centrais mais finos, em uma clara inspiração no médio-grande Camry. Além disso, o para-choque foi redesenhado.

Mesmo sem mudanças mecânicas, a versão XEi do Corolla anda bem. O motor 2.0 16V Dual VVT-i continua rendendo, com etanol, 153 cv a 5.800 rpm e de 142 cv a 5.600 rpm, com gasolina, enquanto o torque atinge 20,7 kgfm a 4.800 rpm e 19,8 kgfm a 4.000 giros, com os mesmos combustíveis respectivamente. Se o câmbio automático maximiza o conforto, ele tira um pouco do brilho do motor, já que tem apenas quatro marchas. Mas as trocas são suaves e existe a possibilidade de fazê-las sequencialmente, por meio de borboletas atrás do volante ou pela própria alavanca. Na verdade, esse sistema se torna muito útil para reduzir as marchas e utilizar o freio-motor em descidas longas.

O Corolla é um carro com a suspensão voltada claramente para o conforto. Mas nem por isso é um sedã molenga. Em curvas, a carroceria torce pouco e passa sensação de segurança para os ocupantes. Nas retas, a direção - com assistência elétrica - é precisa e direta. Na hora de manobrar, é leve e o sedã tem ótimo diâmetro de giro. Ou seja, a capacidade das rodas virarem a cada volta completa do volante.
O espaço interno é limitado, principalmente no banco traseiro e se for comparado com os novos sedãs que chegaram ao mercado, como os franceses Peugeot 408 e Renault Fluence, com quase 10 cm a mais de distância entre-eixos, medida determinante nesse quesito. O acabamento do Corolla é bem feito, mas simples. Faz falta o sensor de estacionamento traseiro.
Equipamentos.
 O Corolla XEi traz de série: vidros elétricos com acionamento por um toque nas quatro portas, além de travas e retrovisores elétricos, além de computador de bordo e ar-condicionado automático digital. O volante agrega os comandos das funções do computador de bordo e do sistema de som. O modelo também trava automaticamente as portas com o veículo em movimento (após 20 km/h). No pacote de segurança, há freios ABS, airbags frontais e laterais, acendimento automático dos faróis, conexão USB e para iPod e além de CD/MP3 Player, Bluetooth, luzes repetidoras das setas nos espelhos retrovisores externos, bancos em couro e controle de cruzeiro.

A favor
Motor. O propulsor 2.0 16V tem duplo comando de válvulas variável e oferece boa potência e torque.
Silêncio. Há pouca transmissão de ruídos para dentro da cabine, aumentando o conforto.

CONTRA
Consumo. Ao final do teste, o consumo registrado foi de 7,6 km/l. Até está na média da categoria, mas poderia ser melhor.

Sensor de estacionamento. Esse dispositivo faz falta em um carro do porte do Corolla.

Fonte: O Tempo

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