Açúcar de sete marcas sob suspeita de conter metais em Divinópolis

Testes mostram que o metal contido no açúcar é visível até através da embalagem
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Sete marcas de açúcar podem ser proibidas de vender seus produtos em Divinópolis, no Centro-Oete mineiro, por suspeita de contaminação com metal. Uma delas, a Doce Mel, já teve a comercialização suspensa graças a uma liminar concedida pela Justiça a uma ação movida pela Associação de Defesa dos Consumidores do Centro-Oeste Mineiro (Adecom).

"Recebemos denúncias contra outras seis marcas e vamos pedir a suspensão da comercialização também", diz a presidente da entidade, Tereza Lada. Ela disse que só divulgará os nomes das outras marcas "depois que o juiz tomar a decisão". Em relação à Doce Mel, além da suspensão das vendas, a Justiça fixou multa de R$ 500 por pacote vendido a partir de sexta-feira passada, quando foi expedida a liminar.


A contaminação foi denunciada por consumidores, que encontraram partículas escuras misturadas ao açúcar e constataram que as partículas eram de metal pois podiam ser atraídas por um ímã. "A gente vai virando o pacote e o ímã atrai tudo. Uns têm mais sujeira, outros, menos", conta Tereza. A liminar vale só para Divinópolis, mas pode ser estendida para outras cidades e até mesmo para o país inteiro, caso haja denúncias de presença de metais em açúcar vendido em outros locais. "Podemos acionar a Justiça Federal", afirma.


Outra irregularidade encontrada no açúcar vendido em Divinópolis é a ausência das informações do fabricante nas embalagens. Há apenas os dados do embalador, situado em Contagem, e que é o mesmo para quatro das sete marcas que estão sob suspeita na cidade.
Decreto deixa alguns tipos
A liminar concedida pela Justiça é preventiva, até que saiam os resultados das análises técnicas pedidas pela Promotoria de Defesa do Consumidor de Divinópolis. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), alguns tipos de metais são tolerados no açúcar, em quantidades limitadas por portarias e decretos. O órgão informou que os casos do Centro-Oeste mineiro precisam ser analisados para identificar se as substâncias ou quantidades estão de acordo com as normas. (APP)
Flash
Procon. O coordenador do Procon Estadual, Marcelo Barbosa, informou que o caso não é da alçada do órgão e deve ser tratado diretamente na Justiça.
Fonte: O Tempo

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