"Lata Velha" em exposição no Melo Viana em Fabriciano

A exposição do carro tem como objetivo ajudar a aquecer o comércio local
 (foto-Lairto Martins JVA)


A Brasília de Marliéria que encantou o país depois de ser reformada pelo quadro “Lata Velha”, programa do Luciano Huck, chega nesta sexta-feira (1º) ao distrito de Melo Viana, em Coronel Fabriciano. O veículo, ano 1976, de propriedade do aposentado Dismar Duarte, 77 anos, mais conhecido como Papai Noel ou Sr. Tideza, vem com a nobre missão de aquecer o comércio local, segundo informação de Jonatas Calais, gerente da Padaria Judsson. 

Conforme anuncia, “o veículo será exibido durante carreata, que percorrerá as principais ruas do bairro, saindo às 9h da Avenida Geraldo Inácio, 254, onde ficará em exposição até o dia 15 de abril”. Outra atração do evento será o sorteio de brindes patrocinados por comerciantes do Melo Viana.  Jonatas sublinha que a atração, além de movimentar os estabelecimentos comerciais do bairro, vem imprimir graça à região. “Acima da história da lata velha restaurada, pudemos conhecer um coração generoso, do autêntico bom velhinho, que se preocupa com as crianças carentes e gosta de distribuir presentes entre elas. Virtudes assim ajudam a dar mais sentido à nossa vida”, comenta Jonatas, destacando ainda os comentários que ouviu sobre o Papai Noel de Marliéria depois de se apresentar no programa televisivo. “Tudo o que soubemos sobre o Sr. Tideza é que ele é alegre, divertido e muito animado”, sintetiza.
Por Tideza usar a Brasília, há anos, para distribuir presentes entre as crianças de Marliéria na ocasião de Natal, o veículo também é chamada de Trenó.  O carro, antes branco, com a reforma, passou a ser conversível, ganhou cores novas, novo motor e bancos de couro. “Assim como a Brasília deu visibilidade ao município de Marliéria, o veículo vai animar o nosso comércio, movimentar a nossa economia”, otimiza Jonatas.

Relembrando a entrega
O dia 14 de dezembro de 2010 foi agitado na pequena cidade de Marliéria, município de aproximadamente 4 mil habitantes localizado a cerca de 50 quilômetros de Ipatinga. Foi a primeira vez em que o apresentador entregou o veículo na cidade do telespectador agraciado pelo quadro. Cerca de 1.500 pessoas se reuniram no Estádio Municipal Alípio Assis Quintão, o Alipinho, para participar da gravação do programa, que foi ao ar dia 18 de dezembro.

Além de receber o veículo completamente modificado, o morador aposentado de Marliéria também recebeu um presente de Huck: chegar ao município de helicóptero. 

Cartas para o programa
Para participar do quadro do Caldeirão do Huck é preciso que alguém, exceto o dono do carro, envie uma carta contando a história do veículo e de seu dono. Como Tideza é bastante querido na cidade, muitos moradores escreveram cartas para o programa. “Além de eu ter enviado várias cartas, uma menina moradora da cidade conseguiu o e-mail pessoal do Luciano Huck. Aí ele juntou todas as informações que tinha e veio até a cidade procurar meu avô”, contou na época a neta de Tideza, Brenda Mendes. “Há algumas semanas o Luciano chegou disfarçado na cidade e perguntou para o Tideza se ele tinha licença para se vestir de Papai Noel. Como ele não tinha a tal licença ficou nervoso e começou até a chorar, e com isso o Luciano tirou a fantasia e anunciou que ele estava participando do Lata Velha”, relembrou João Bosco, um dos amigos do proprietário da antiga Brasília.

Tarefa para ganhar o veículo
Além de se interessar pela história contada pela carta, a produção do Caldeirão do Huck também exige que o dono do carro realize uma tarefa para receber o veículo reformado. “O Tideza teve que dançar tango com a mulher dele no palco. Eles nunca tinham dançado esse estilo antes”, contou João Bosco, explicando que Tideza e a esposa, Dona Maria, ficaram no Rio de Janeiro para ensaiar e apresentar a dança nos estúdios da Globo.

A antiga Brasília de Tideza ganhou cores novas, um novo motor, bancos de couro nas cores branca e vermelha, além de diversas outras modificações em todas as partes do carro, como a transformação da Brasília em um veículo conversível. Depois de customizar o velho carro, a produção do programa também deu a Tideza um trenó e mais de mil presentes para serem distribuídos em Marliéria. “Todos nós da família estamos muito emocionados. É uma satisfação muito grande ver o sonho do meu pai ser realizado. Ele sempre quis um carro melhor para distribuir os presentes e ajudar as crianças daqui, e conseguiu”, contou na época um dos 10 filhos de Tideza, Célio Duarte. “Nós nos sentimos privilegiados com o fato de ter sido a primeira entrega feita pelo Huck em uma cidade. Essa foi a única vez em que o veículo não foi entregue nos estúdios do programa, e sim no município do dono do carro. Marliéria é merecedora de tudo isso”, destacou. Além de representar uma grande alegria para Tideza e sua família, o prêmio do Lata Velha também deu visibilidade ao pequeno município. fonte: JVA online

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