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| Álvaro Cruz assumiu a autoria de seis assaltos a estabelecimentos comerciais da região: ações premeditadas |
IPATINGA - O jovem residia com a família em Santana do Paraíso, local onde foi encontrado pelos policiais.
A prisão do acusado só foi possível graças a um denunciante anônimo que reconheceu o autor através das fotos publicadas nos jornais da região. A mãe de Álvaro foi quem autorizou a entrada dos policiais na residência.
Durante as buscas no interior do quarto de Álvaro, os militares encontraram a garrucha usada nos assaltos escondida em cima do guarda-roupa, além da mochila e roupas utilizadas para cometer os crimes. Em dinheiro foram recuperados cerca de R$ 1,9 mil.
REFÚGIO NO SHOPPING
O último assalto praticado por ele foi na casa lotérica Roleta da Sorte, ocorrido no início da tarde de quarta (30), de onde ele subtraiu mais de R$ 7 mil.
O autor contou ao DP que fugiu do local do crime a pé e seguiu em direção ao Shopping do Vale de ônibus, onde ficou durante duas horas para poder se esconder. Ele disse que de lá voltou para casa de ônibus, por volta das 14h.
PASSADO E MENTIRA
Álvaro possui passagem por um furto praticado em abril de 2010. Na época ele rendeu um trocador da Autotrans com uma arma branca e roubou R$ 247, mas acabou detido em flagrante. Pelo crime ele cumpriu pena de 5 meses no Ceresp de Ipatinga, de onde saiu em julho do ano passado.
A família não sabia que Álvaro tinha voltado a cometer crimes. Ele dizia a eles que saía para trabalhar. O autor repassou aos pais uma pequena parcela do dinheiro roubado para custear as despesas.
OBJETIVO
O objetivo de Álvaro seria ajudar nas despesas de casa e comprar uma moto. Ele chegou a negociar a compra de uma Twister por R$ 5 mil, repassando ao negociante R$ 3 mil de entrada. O baixo valor do veículo é porque o antigo proprietário da motocicleta morreu em um acidente de trânsito e a família queria desfazer-se dela.
ASSALTOS
A Polícia Militar confirmou que Álvaro é suspeito de pelo menos seis assaltos. Ele foi reconhecido por pelo menos uma vítima dos comércios por ele assaltados.
Álvaro reconheceu a autoria dos roubos praticados a três lojas da Farmácia Indiana, sendo uma no Centro e outra no distrito de Melo Viana, em Coronel Fabriciano; e no bairro Horto, em Ipatinga. Os outros três assaltos foram no Supermercado Vieira, no bairro Veneza; na Rotabel, região do Centro, e por último o da casa lotérica, no Cidade Nobre.
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| A divulgação das imagens de câmeras de circuito interno ajudaram na prisão |
CÂMERAS
As primeiras imagens dos sistemas de câmeras que registraram o assalto à drogaria, divulgadas pela PM mostram Álvaro com uma mochila preta com detalhes em cinza e vermelho. Já nas imagens da casa lotérica ele estava com uma mochila preta com detalhes vermelhos.
"Após o assalto na farmácia peguei um ônibus e fui até o Camelódromo no Centro de Fabriciano e comprei uma mochila nova. Não foi para despistar a polícia, mas porque ela já estava rasgando", comentou Álvaro.
ARMA
Álvaro contou à reportagem que adquiriu a arma do crime no inicio do mês de março. Ele pagou quase R$ 600 a alguém que lhe entregou a arma nas imediações do Camelódromo.
"Quando estava preso no Ceresp me contaram que podia comprar uma arma de alguém que ficava no Camelódromo. Fui um dia até o Centro e me encontrei com esse cara e encomendei a arma, mas ele só tinha uma para me vender", revelou o acusado.
PREMEDITADO
O assaltante premeditava seus assaltos. Antes de cometê-los, Álvaro estudava a movimentação no comércio. Ele afirmou que preferia executar os crimes durante o dia, pois achava mais fácil se esconder.
Sobre as filmagens do sistema de vigilância dos locais onde assaltou, ele declarou que só foi encontrado pelos militares devido a denúncia anônima. Ele disse que o fato de ter sido flagrado pelas câmeras não ajudaria a prendê-lo.
MOTIVOS
Questionado sobre o motivo que o levou a cometer os crimes, Álvaro alegou que passava dificuldades financeiras em casa. Ele trabalhou em um posto de combustível no bairro Iguaçu por cinco meses, mas quando ia fichar acabou sendo demitido por já ter antecedentes criminais.
INVESTIGAÇÃO
Após o assalto à casa lotérica e de posse das imagens do circuito interno de câmeras dos estabelecimentos comerciais, a Polícia Militar começou colher informações na tentativa de capturar o infrator.
As investigações se estenderam durante toda a quinta-feira, quando os policiais fizeram contato com pessoas conhecidas da comunidade e do comércio, passando as características do autor.
A operação de captura de Álvaro envolveu a equipe do tenente Lincoln Johnson, responsável pelo policiamento de Santana do Paraíso, e do tenente Edmar Sabino. Os militares já trabalhavam com a possibilidade do autor residir no município.
"Num trabalho efetivo entre as polícias militares, foram feitas diligências que culminaram na prisão do infrator em Santana do Paraíso. Nós tiramos dele a possibilidade ou a intenção de cometer outros delitos. Mas o mais importante é devolver à sociedade dos dois municípios a sensação de segurança e tranquilidade", comentou.
MODUS OPERANDI
O tenente Edmar ressaltou a semelhança com que Álvaro executava os assaltos. Mas, após o crime o infrator tinha uma facilidade muito grande para desaparecer. "Pela nossa prática, sempre associamos o crime a problemas sociais, em regra os autores de crimes diversos têm problemas familiares. Em relação ao Álvaro, em momento algum ele alterou o tom de voz. Uma pessoa até educada, fria. A sua aparência destoa em geral das características de criminosos. Talvez esse fator tenha sido um complicador, pois ele não levantava suspeita ao entrar nos comércios", declarou o militar. fonte: JVA online
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