Encontro teve participação de pais de alunos, representantes do Sind-UTE, secretariado e do prefeito Robson Gomes |
O encontro foi um pedido dos pais dos alunos das escolas em greve, na semana passada. O objetivo foi discutir os encaminhamentos do movimento grevista iniciado no dia oito de junho. A Prefeitura alegou, mais uma vez, que o único aumento que ela pode dar aos servidores é de 6,47% e que um reajuste maior poderia comprometer o orçamento da cidade e desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os professores apresentaram um estudo feito pelo Sindicato nas finanças da Prefeitura de Ipatinga, em que eles alegam que há margem para um aumento maior nos salários.
RETORNO
No encontro, que durou mais de duas horas, o prefeito pediu que as aulas retornem já no dia 1º de agosto. Com a reabertura do diálogo, um novo encontro ficou agendado para a próxima quinta-feira (28). "Temos que garantir o ano letivo. Vamos fazer uma reavaliação do que foi mostrado pelo Sindicato e apresentar uma resposta na quinta-feira. Esperamos que ainda esta semana possamos chegar a um consenso. Não temos nada a esconder e este é um momento de apresentarmos todos os nossos argumentos e ouvir o que o Sind-UTE tem a dizer", informou Robson Gomes.
Após a reunião, os grevistas se encontraram na sede do Sind-UTE, no bairro Veneza, para colocar todos os membros a par da situação. Ainda não existem planos de um fim da paralisação. Os manifestantes passaram a duvidar da possibilidade de acordo com a Prefeitura após a circulação de um panfleto na cidade, no último fim de semana, dizendo que os salários dos professores na em Ipatinga são maiores que o piso nacional e afirmando que o movimento tem motivações eleitoreiras devido às atitudes radicais do sindicato.
Os professores de Ipatinga pedem que seja pago o piso salarial nacional no valor de R$ 1.597, a regulamentação da extensão da jornada, contratação de novos profissionais, a elaboração de um projeto de lei para conceder aos professores contratados benefícios como férias e o 13º salário e também que seja estabelecida uma comissão para estudar os aumentos salariais.
GREVE
Acompanhando o movimento dos professores, os representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Ipatinga (Sintserpi) iniciam hoje uma greve.
Os trabalhadores pedem, basicamente, reajuste salarial, o que segundo eles, ainda não aconteceu em 2011. A Administração Municipal ofereceu a reposição de 6,47%, dividido em três parcelas, que começariam a ser pagas a partir do próximo mês. Porém, os trabalhadores pedem que esse valor seja retroativo a janeiro.
A Prefeitura chegou a enviar o projeto de lei que aumenta o salário dos servidores para a Câmara de Vereadores, porém a matéria não entrou em pauta nas reuniões realizadas na última semana e os parlamentares resolveram convocar uma audiência pública para debater as contas da Prefeitura e saber se realmente o orçamento pode ficar comprometido caso seja dado um aumento maior.
A data da audiência ainda não foi marcada. Os vereadores estão esperando a resposta da Prefeitura com relação a uma data apropriada para a participação do secretariado. De acordo com o presidente da Câmara, vereador Nardyello Rocha (PMDB), a audiência pode nem acontecer caso haja um entendimento entre os trabalhadores e o governo.
Em nota, a administração Municipal informou que oferece reajuste salarial de 6,47% a todos os servidores, além de outros benefícios como aumento do valor do auxílio- alimentação e que o governo mantém seus esforços em atender os anseios dos servidores, mas sem desrespeitar os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Fonte: Diário Popular
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