Servidores municipais de Ipatinga iniciam greve por tempo indeterminado

IPATINGA - Os servidores públicos municipais entraram em greve nesta terça-feira (26) por tempo indeterminado. Como parte das ações de protesto, os trabalhadores se aglomeraram na porta da Prefeitura, fizeram um "apitaço" e se dirigiram até a porta do gabinete do prefeito Robson Gomes (PPS) na intenção de serem recebidos por ele, o que não aconteceu.


A categoria pede que seja dado um reajuste salarial na casa dos 6,47% aos servidores. A Prefeitura chegou a oferecer este percentual no início deste mês, mas a proposta foi rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Ipatinga (Sintserpi), pois começaria a ser pago a partir do mês de agosto, dividido em três vezes, enquanto os trabalhadores pediam que ele fosse pago retroativamente ao mês de janeiro e em uma única parcela.
Os servidores da área de saúde foram os mais que aderiram à paralisação. Intervenções foram feitas no Hospital Municipal nos horários em que os funcionários iniciariam o seu turno com o objetivo de mobilizar pessoas e levá-los para o Centro da cidade.


Os representantes do Sindicato estimaram que no Hospital, 70% dos trabalhadores interrompream os trabalhos.
Uma das principais reivindicações dos trabalhadores diz respeito justamente ao antigo pronto socorro de Ipatinga. Segundo a auxiliar de enfermagem Geralda Carvalho, existe no hospital uma grande disparidade entre os salários de concursados e contratados. Além disso, os profissionais sofrem com a defasagem de profissionais e o exercício de mais de uma função. Segundo Geralda, o salário baixo também é um problema. Ela informou que sua categoria vem recebendo um vencimento de R$ 602.

DIVERGÊNCIAS
De acordo com a direção do Sintserpi, cerca de 200 pessoas participaram do movimento desta terça-feira. Segundo Geralda Carvalho, que também faz parte da comissão eleita para tratar dos assuntos referentes à pauta de reivindicações, na unidade de saúde do bairro Vila Militar, todos os funcionários pararam suas atividades. "No primeiro dia a adesão é menor. A partir do segundo é que uns vão encorajando os outros", disse Helenir de Lima, presidente do Sintserpi.
Porém, a Prefeitura diverge quanto a esta informação e afirma que a adesão foi pequena e que alguns trabalhadores vieram de outras cidades para fazer coro com os servidores. Segundo o Governo, no Pronto Socorro o número de profissionais que paralisaram ficou em torno 40%.



PREFEITURA
A administração municipal informou, por meio de nota divulgada no fim da tarde de ontem, que oferece reajuste salarial de 6,47% a todos os servidores, além de outros benefícios como aumento do valor do auxílio-alimentação. Disse também que o governo Robson mantém seus esforços em atender aos anseios dos servidores, mas sem desrespeitar os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda de acordo com a nota, o Governo afirmou que vai manter o diálogo com os servidores e que não tem como política prejudicar os funcionários. Contudo, frisou que a permanência dos servidores em seu local de trabalho é de fundamental importância para a prestação de serviço de qualidade à população. Fonte: Diário Popular

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