Morte de mulher por Dengue causa preocupação no Vale do Aço

O LIRA apresentou queda do número de infestações, mas ainda há motivos para procupação.


O segundo Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRA) apresentou redução em todas as cidades do Vale do Aço, se comparado ao primeiro realizado no ano. Mas apesar dessa queda, ainda há motivos para preocupação. No último sábado, uma mulher morreu em Timóteo. Na certidão de óbito, a causa é dengue clássica.

O Sr. Agostinho Agripino, aposentado, ainda tenta se recuperar de momentos difíceis que passou nas últimas semanas. A mulher dele, Helena Maria Abreu Morais, de 58 anos com quem foi casado por 38, morreu. A certidão de óbito atesta: morte por dengue clássica. O fígado e o estômago foram atacados. Ela chegou a fazer uma cirurgia, foram dez dias de luta contra a doença. Tudo começou quando ela reclamou de fortes dores no corpo. De acordo com ele, a esposa sentia muitas dores na barriga e parecia que uma máquina no corpo dela.

Apesar desse óbito, o município não aparece na lista da secretaria de estado de saúde, das cidades que mais tiveram casos de Dengue notificados este ano. Foram 380 notificações. Timóteo está longe de alcançar Ipatinga, onde foram notificados 1.525 casos, Governador Valadares, com 1.213, e Coronel Fabriciano, com 651 notificações. Em todo o estado, de janeiro a maio, o número já ultrapassa os 35 mil e 15 mortes por Dengue Hemorrágica estão em investigação.

Resultados do LIRA

O último LIRA feito no Vale do Aço apontou uma pequena queda no número de infestações pelo mosquito transmissor da dengue:
-Ipatinga que apresentava um índice de 7%, caiu para 5%;
-Timóteo teve a menor queda, de 6,4% caiu para 6,3%;
-Coronel Fabriciano tinha um índice de 5% e caiu para 3,6%.

O recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de apenas 1%. Acima de 3% já é considerado surto de Dengue. Ou seja, as cidades do Vale do Aço continuam em alerta por causa do Aedes Aegypti.
De acordo com Juniel Scarabeli, do controle de endemias da Gerência Regional de Saúde, está havendo a transmissão da doença na região há vários anos, o que caracteriza que esses índices não estão tão elevados, porém há motivos para preocupação. 

Ainda segundo Juniel, algumas medidas são tomadas para reduzir esses índices: agentes de saúde visitam diariamente casas e verificam quintais, vasos de plantas e caixas d'água. Ele ainda faz um alerta para as pessoas, toda a população deve destruir todos os objetos que possam servir de criadouro do mosquito bem como dos focos. 

Um exame de sangue da mulher que morreu vítima de Dengue Clássica foi enviado à Fundação Ezequiel Dias,em Belo Horizonte e o resultado deve sair em um mês.

Fonte: In360

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