Peça se desprende de ponte rolante e mata metalúrgico

Os funcionários que trabalhariam no turno de 15h às 23h foram dispensados em virtude do acidente
TIMÓTEO - O operador de ponte Jairo Silva Bitarães, de 36 anos, morreu na tarde de ontem em um acidente de trabalho ocorrido na área da Emalto Indústria Mecânica. As informações preliminares são de que uma peça de quase sete toneladas se desprendeu da ponte rolante que a vítima operava e o atingiu na cabeça.

O acidente ocorreu por volta das 14h15, poucos minutos antes de Jairo terminar o turno de trabalho. Em virtude do ocorrido, os funcionários que pegariam serviço às 15h foram liberados pela empresa.


A Polícia Militar esteve no local e colheu o depoimento de Waldecy Isidoro Batista. Ele disse aos militares que no momento do acidente Jairo manuseava uma peça com o apoio de uma ponte. No instante que ele iria prender a outra extremidade da peça na ponte, o objeto se desprendeu. A vítima manuseava a ponte com um controle remoto.

PERÍCIA
Quem esteve no local do acidente foi o soldado Geraldo Silva e o sargento Nelton Gonçalves Vitorino. No boletim de ocorrências, eles especificaram que a perícia da Polícia Civil esteve no local e constatou que a vítima teve morte instantânea, em decorrência de um traumatismo craniano.
Uma guarnição do Corpo de Bombeiros esteve no galpão da Emalto, onde ocorreu o acidente. Antes dos militares, uma ambulância da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), situada no bairro Olaria, esteve no local para prestar os primeiros socorros, mas nada pôde ser feito.


Após a saída do Corpo de Bombeiros, um funcionário da empresa estacionou uma carreta em frente ao galpão onde aconteceu o acidente para bloquear a passsagem. O corpo foi recolhido pela funerária e encaminhado ao Instituto Médico Legal de Ipatinga.

FAMÍLIA 
Jairo residia com a esposa e três enteados na avenida Belo Horizonte, no distrito de Cachoeira do Vale, em Timóteo. Ainda muito abalada, a esposa não quis se pronunciar sobre o ocorrido. Mas, a enteada do metalúrgico, Daiane Mateus, de 24 anos, disse que o padrasto era como um pai. Ele era casado com a mãe dela há 6 anos. 


"Recebi a notícia no meu trabalho, mas não tive confirmação exata se ele estava vivo ainda. Primeiro falaram que ele estava ferido gravemente, quando cheguei em casa houve a confirmação de que ele tinha falecido. Sou filha do primeiro casamento da minha mãe, mas foi agora com o Jairo que ela encontrou alguém que dava valor a ela", disse emocionada.

ESCLARECIMENTOS
Em nota, a Emalto informou que Jairo trabalhava como operador de ponte rolante desde dezembro de 2004. A empresa declarou ainda que a família do funcionário já está sendo amparada e recebendo toda a assistência possível.
"Comunicamos de imediato a ocorrência às Polícias Militar e Civil, que estão encarregadas da perícia técnica. Maiores esclarecimentos serão prestados à imprensa, através de nova comunicação escrita, tão logo as autoridades competentes concluam o trabalho pericial", diz a nota.

Fonte: Diário Popular

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