Assalto na porta de agência em Ipatinga volta a preocupar a polícia

O tenente-coronel Francisco Assis orienta que os clientes devem sacar grandes quantidades e ao sair do banco olhar ao redor e perceber se há algum estranho
IPATINGA - O empresário E. S. R. foi assaltado e agredido por um indivíduo logo após sacar R$ 8 mil numa agência do Banco Bradesco na tarde de terça-feira (12), no bairro Horto. Esta foi a segunda vez apenas nessa semana que criminosos roubam uma grande quantidade de dinheiro. Na segunda, um funcionário de uma distribuidora de bebidas foi rendido por um homem que levou uma bolsa preta contendo R$ 25 mil em dinheiro e outros R$ 8,5 mil em cheques.
Só que dessa vez o assaltante esperava o comerciante do lado de fora da agência bancária. A vítima relatou à Polícia Militar que logo após sacar o dinheiro, saiu do banco para o local onde havia estacionado seu veículo.
Ele chegou a abrir o carro e guardar o dinheiro no porta-luvas, momento em que foi surpreendido pelo assaltante que estava com um revólver. O indivíduo vestia uma camisa de malha preta estampada e calça jeans. 

ATAQUE
Ao se aproximar da vítima ele ordenou "me passa o dinheiro", contou o empresário. A vítima entendeu que o autor queria sua carteira, tanto que a tirou do bolso e entregou a ele. Contudo, o criminoso disse que queria o dinheiro que o comerciante havia sacado no banco.
Enfurecido, o autor jogou a carteira do homem no chão e desferiu várias coronhadas na cabeça da vítima. Sem reação, o empresário entregou o dinheiro e as chaves do carro ao criminoso.
Depois que pegou o dinheiro, o assaltante atravessou a rua e foi de encontro a um outro indivíduo que o esperava em uma motocicleta preta. O condutor era um indivíduo magro, de cor clara e vestia camisa cinza. Eles fugiram e ninguém conseguiu anotar a placa da motocicleta. A Polícia Militar anotou as características dos autores, mas ninguém foi identificado ainda.

PRECAUÇÕES
Segundo o tenente-coronel Francisco Assis, comandante do 14° Batalhão de Polícia Militar, a melhor maneira de evitar ser vítima da 'saidinha de banco', é não fazer saques de alto valor. "Normalmente, o autor desse crime tem um informante dentro do banco. A pessoa observa a movimentação e passa para o comparsa pelo celular as informações de quem fez grandes saques. O que tem sido mais comum na região é o roubo de malotes de empresas. Dentro da própria instituição, a informação é "vazada" pelos funcionários e o infrator tem acesso a esses detalhes", contou.
Assis comentou que parte dos problemas seriam evitados se o uso de telefone celular dentro dos bancos fosse proibido. Atualmente existe uma legislação federal que proíbe o uso de telefone, mas na região apenas a Caixa Econômica Federal afixou cartazes informando os clientes da proibição.
"Orientamos para que as pessoas não utilizem o caixa eletrônico no período noturno ou em locais ermos. Não sair do banco contando dinheiro para outras pessoas verem, optar pelas transações eletrônicas. Ao sair do banco olhar para os lados e observar se há alguém seguindo, caso ocorra, procure entrar em local movimentado e se for o caso chame a polícia pelo 190", aconselhou.

O GOLPE
O golpe da "saidinha de banco" consiste, geralmente, na ação de dois indivíduos ou mais que se revezam dentro das próprias agências bancárias: primeiramente, um observa as pessoas que realizam operações financeiras dentro da agência. 
Em vários casos os indivíduos autores do crime acompanham a vítima até um local mais "apropriado" para cometimento do delito, podendo ocorrer até mesmo distante do local do saque. 
Por intermédio de ações violentas, incluindo não somente a ameaça, mas também agressões ou até mesmo disparos de arma de fogo contra a vítima, os autores subtraem o valor sacado nas agências.

Fonte: Diário Popular

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