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| Hospital está fechado por tempo indeterminado |
A crise instalada no Hospital Siderúrgica, em Coronel Fabriciano, pode está perto do fim. A Justiça Federal atendeu o pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público Estadual e marcou uma audiência de tentativa de conciliação para 22 de julho. A unidade, mantida pela Associação Beneficente de Saúde São Sebastião (ABSSS), passa por uma crise financeira e realiza atendimento precário desde 2010. Apesar de particular, o hospital tem 80% de seus pacientes originados do Sistema Único de Saúde, e não recebe recursos suficientes dos governos municipal, estadual e federal. O Siderúrgica é o único que atende gratuitamente a população da cidade.
A Justiça irá intimar o secretário de saúde do Município de Coronel Fabriciano, o diretor da Gerência Regional de Saúde (que representa a gestão estadual na região) e o secretário de Atenção a Saúde ( do Ministério da Saúde), para que compareçam na audiência.
Nesta sexta-feira, a ABBSSS decidiu fechar o hospital por tempo indeterminado. Os médicos e funcionários foram convocados para um reunião nesta manhã e foram comunicados da suspensão das atividades. Desde quarta-feira, nenhuma paciente foi internado no hospital e enfermos atendidos foram, aos poucos, recebendo alta. Esse processo era a preparação para a unidade fechar as portas. Os funcionários foram orientados a ficar em casa aguardando a decisão judicial sobre as condições do hospital.
A situação do hospital vem se arrastando há um tempo. Médicos estão sem receber salários há dois meses e o plantão para casos cirúrgicos e ortopédicos deixou de ser feito há três meses. O atendimento de casos graves na urgência está suspenso desde dia 6 desse mês, o que gerou sobrecarga em hospitais de cidades vizinhas. Os atendimentos nas áreas de obstetrícia e maternidade estão suspensos há mais de um ano. A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), recém implantada, não entrou em funcionamento por falta de dinheiro.
Histórico
Em 2010, o Hospital Siderúrgica ficou fechado para o atendimento SUS durante 90 dias. A reabertura aconteceu depois de um aporte financeiro feito pelo Secretaria de Estado de Saúde Minas Gerais. A medida permitiu a abertura e garantiu os recursos para auxiliar no funcionamento por 10 meses. Mas, agora a unidade vive nova crise. O MPF acredita que há má gestão financeira do hospital. O órgão também afirma que o poder público repassa recursos insuficientes para o funcionamento da unidade.
Fonte: UAI
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