Acusado de brutal assassinato vai a julgamento em Fabriciano

Girson foi golpeado com 20 facadas e ainda recebeu três tiros - JVA online
30-08-2011 11:05
FABRICIANO – Respondendo à participação em um brutal assassinato, Joilson Rosa Pereira, de 41 anos, será submetido a júri popular nesta quarta-feira (31), em Coronel Fabriciano. Ele é acusado de matar o auxiliar de serviços gerais Girson Dione Costa, 30, no dia 2 de julho de 2005, na Rua Maria de Lourdes, no distrito de Melo Viana. Dormindo dentro da própria casa, o homem foi golpeado com 20 facadas e ainda recebeu três tiros, dois no tórax e um no pescoço. O julgamento tem início às 9h, no Fórum da Comarca. O crime teria sido arquitetado pela mulher da vítima.

Além de Joilson, a Polícia Civil prendeu outras três pessoas suspeitas de participarem do homicídio: a esposa de Girson, Cristina Gonçalves da Silva, 31, Edson Luiz dos Santos, 43, e Rafael Gonçalves Santos, 34. Os quatro acusados foram capturados dois dias após o auxiliar de serviços gerais ter sido assassinado.O delegado João Xingó de Oliveira, que atualmente é titular da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC) de Ipatinga, chefiou as investigações que culminaram na prisão dos suspeitos. Na época dos fatos, ele informou que o crime foi planejado por Cristina e por Edson Luiz, que eram amantes. Este último chegou a confessar a participação no homicídio. “Girson havia me ameaçado de morte várias vezes, caso eu não me afastasse de Cristina”, declarou Edson ao ser preso. 

Já a mulher do auxiliar afirmou que o marido não sabia de seu caso com Edson e que seu amante matou Girson por medo que ele descobrisse o romance. “Pedi para ele (Girson) não fazer isso”, chegou a comentar a mulher.

Segundo apurou o delegado João Xingó nos dias que sucederam o assassinato, Joilson e Rafael teriam sido chamados pelo casal para executar a vítima. Conforme Edson, Cristina deixou a porta da cozinha aberta para facilitar a entrada dele e dos outros dois homens na casa. 

Brutalidade e covardia 
Rafael teria entrado primeiro na residência e esfaqueado Girson na cama. Joilson entrou na seqüência e agrediu a vítima com um ‘chuço’ (espécie de faca improvisada). Por último, Edson entrou no quarto do auxiliar de serviços e o atingiu com os dois tiros. Ele teria usado um travesseiro para abafar o barulho dos disparos. Antes de fugir, Edson teria queimado as roupas de cama e o travesseiro que Girson usava na tentativa de não deixar pistas.

No dia que foram capturados, Rafael e Joilson negaram as acusações e apresentaram álibis não confirmados pela polícia. “Devido às várias contradições, juntamos as peças e chegamos à conclusão que os dois participaram do crime”, disse Xingó durante a autuação em flagrante dos quatro acusados, em 2005. Na ocasião eles foram indiciados por homicídio qualificado e ficaram recolhidos na antiga cadeia pública de Fabriciano. 

Fonte: JVA online

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