Valdirene revelou que conversou pela última vez com o pai no dia 4. “Ele falou que viria ao casamento e que tudo que a gente tinha combinado estava certo”, disse ela
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IPATINGA – O fim de semana foi de muita felicidade, mas também de luto para a dona-de-casa Valdirene do Carmo Assunção, de 32 anos, moradora da Rua Cravo, no Bairro Bom Jardim, em Ipatinga. Neste sábado (7), ela realizou um antigo sonho: se casou. No entanto, ficou esperando na igreja pela chegada do pai, que a levaria ao altar. Ele não apareceu, pois o pior havia acontecido: foi assassinado a pauladas na cabeça. Valdirene só ficou sabendo do ocorrido já na manhã de domingo (8).
Na noite deste sábado (8), o pai da dona-de-casa, o vigilante João Donato de Amorim, 60, foi encontrado morto em um matagal à margem da BR-381, em Santana do Paraíso, na saída de Ipatinga para Governador Valadares. Ele estava sem vida perto do barraco onde morava e a suspeita é que a localização do corpo tenha acontecido cerca de cinco dias depois de ele ser assassinado: foi golpeado a pauladas na cabeça. “O corpo foi encontrado no dia do meu casamento. Estava esperando meu pai para entrar na igreja comigo, pois ele tinha combinado que do cartório do Centro iria direto para a minha casa e lá ficava o dia todo até a hora do casamento. Ele ia dormir lá em casa, para no domingo de manhã retornar para a casa dele, mas não apareceu”, contou Valdirene. Segundo ela, telefonou para o pai logo depois de chegar ao cartório. “Eu liguei pra ele e ninguém atendeu. Achei que ia retornar a ligação, mas não retornou. Eu esperei na igreja e ele não apareceu. Aí fui ter a notícia do assassinato no domingo de manhã. Quem entrou na igreja comigo foi o meu sogro”, explicou a filha de João Donato.
Segundo a dona-de-casa, o pai morava sozinho e era divorciado. “O último contato que tive com ele foi no dia 4 deste mês. Falou que estava tudo preparado para o casamento, que ele viria e que tudo que a gente tinha combinado estava certo. Estava tudo preparado, mas infelizmente... Não sei nada do crime. Tudo foi despejado na minha cabeça no domingo. Estou perdida e sem saber o que aconteceu, e por qual motivo”, lamentou Valdirene.
O corpo do vigilante foi sepultado nesta segunda-feira (10), no cemitério Parque Senhora da Paz, no Bairro Veneza II. “Não houve tempo de velar, pois o cadáver já estava em decomposição. Mas demos um sepultamento digno a ele”, concluiu a dona-de-casa.
Na noite deste sábado, o pai da dona-de-casa, o vigilante João Donato de Amorim (no detalhe) foi encontrado morto em um matagal à margem da BR-381 - Crédito: Fotos: JVA Online
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Na pequena casa onde morava João Donato, que era popularmente conhecido como “Xerifinho”, foi encontrada uma arma de fogo artesanal. Testemunhas revelaram à Polícia Militar que o vigilante trabalhou no restaurante Azul, na localidade conhecida como “Rocinha”, também à margem da BR-381, em Paraíso. Um homem de prenome Manoel, dono do estabelecimento, teria ameaçado João Donato recentemente, pois estava furioso pelo fato de “Xerifinho” ter entrado na justiça visando receber pendências trabalhistas da época em que ainda trabalhava no restaurante. O suspeito não foi encontrado para prestar esclarecimentos.
Outra testemunha revelou à PM que João Donato chegou a relatar ter ficado sabendo que Manoel iria mandar matá-lo. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso nesta segunda-feira.
Fonte: JVA Online
Outra testemunha revelou à PM que João Donato chegou a relatar ter ficado sabendo que Manoel iria mandar matá-lo. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso nesta segunda-feira.
Fonte: JVA Online
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