Assassino do travesti "Raissa" morto em motel de fabriciano é preso em Espera Feliz



Roney de Oliveira disse que foi
dopado antes de cometer o crime
e deu o nome de um
suposto mandante
FABRICIANO - O ex-presidiário Roney de Oliveira Bramusse, 34 anos, principal suspeito de matar o travesti Ronaldo Sabino - mais conhecido como "Raissa", em 9 de novembro do ano passado, foi encontrado na tarde desta terça-feira (19), em Espera Feliz, município próximo a Manhuaçu.
A prisão dele se deu através de um trabalho conjunto das Polícias Civil e Militar da região do Vale do Aço com o apoio da autoridade policial da localidade em que o autor se encontrava. Por ser o principal suspeito do homicídio, havia um mandado de prisão preventiva contra o ex-presidiário.

BUSCAS
Roney foi abordado em casa na tarde desta terça-feira. Após a prisão, ele foi recambiado para Coronel Fabriciano pelos delegados Gustavo Cecílio e Daniel Araújo e outros dois investigadores.
"Tivemos informações de que Roney passou por Timóteo e Pingo D'água. Na segunda-feira recebemos a informação de que estava em Espera Feliz. Foi então que fizemos contato com as Polícias Civil e Militar do município", comentou Gustavo.
Ao chegar à Delegacia, na noite de terça, Roney conversou com a imprensa e contou sua versão sobre o homicídio. Ele alegou que foi aliciado a cometer o assassinato e receberia R$ 15 mil pelo crime.

VERSÃO MIRABOLANTE
"Estava na minha casa quando recebi a ligação do Fábio me chamando para beber. Disse a ele que não tinha dinheiro para sair, mas ele falou que ia pagar a conta. Saímos para um bar, e quando fui ao banheiro ele colocou Rupinol na minha bebida", revelou.
A motivação do crime apresentada por Roney é que o homem que o pediu para matar "Raissa" estaria sendo chantageado. Mas, todas as vezes que o assunto foi tratado com o suposto mandante, Roney teria se negado a cometer o homicídio. 
Além de contar detalhes dos momentos anteriores ao homicídio, o autor declarou que não tinha a intenção de matar Ronaldo, mas em virtude da medicação estava transtornado. 
Ele teria tentado sair do quarto do motel, mas a vítima não o deixou. Foi então que ele entrou em luta corporal com Ronaldo e desferiu os golpes que mataram o travesti.
"Eu saí quase pelado do motel. Se eu tivesse normal teria saído de lá vestido. Podem procurar digitais do Fábio no canivete que deixei no quarto. Ele me deu a arma quando estávamos numa lanchonete no Cariru, próximo à Estação do Chopp", contou.

SOCIOPATA
O delegado Gustavo Cecílio declarou que a versão dada por Roney não se confirma pelas provas colhidas durante a investigação e que constam nos autos do inquérito. "A versão que ele conta é mirabolante. Isso prova o quanto esse individuo é um sociopata", pontuou.

ASSASSINATO
O homicídio do travesti "Raissa" aconteceu numa suíte do motel Calypso, situado no bairro Mangueiras, em Coronel Fabriciano. A vítima foi encontrada por funcionários do motel com o corpo coberto por sangue e já sem vida, próximo à garagem de acesso ao interior da suíte número 219. 
Pelos registros internos do estabelecimento, autor e vítima entraram para o quarto à 1h da madrugada e a confusão que resultou no assassinato do travesti aconteceu por volta das 2h. Eles pediram sabonete, cigarros e cervejas. 

CÂMERAS
Ronaldo chegou a gritar por várias vezes, o que alarmou os funcionários do motel. No dia do crime, Roney estaria no veículo modelo Fiat Uno, placas LAY-0668. A entrada dele foi registrada pelo circuito interno de câmeras do motel e foi peça chave para se chegar à identificação do acusado.
O carro pertence ao pai do acusado. Antes do crime, o veículo estava na garagem da casa de um tio, no bairro São Geraldo, em Coronel Fabriciano. 
A perícia da Polícia Civil constatou três cortes profundos no corpo de Ronaldo provocados por uma navalha com aproximadamente 15 centímetros de lâmina. A arma usada no crime foi deixada no pátio do motel. 

FICHA CRIMINAL
Roney já foi manchete nas páginas de polícia dos principais jornais do Vale do Aço em 1998. No dia 15 de novembro daquele ano, ele estuprou e matou sua prima, Leila Bramusse Ventura. 
O crime aconteceu no bairro JK, em Coronel Fabriciano. Ele foi condenado a quase 20 anos de prisão. Mas, em 2006 ganhou as ruas em virtude de uma progressão de regime. Com autorização da Justiça, Roney passou a estudar farmácia em uma Faculdade de Ipatinga. 
Roney matou a prima com requintes de crueldade porque ela não aceitou se envolver com ele. Em seu depoimento à polícia na época do crime ele chegou a afirmar que se ela não ficasse com ele não ficaria com mais ninguém. fonte: Diário Popular 

1 comentários:

Anônimo disse...

convivi tres meses com esta pessoa q se dizia douglas de lacerda .sempre gentil e educado nao pasava em momento augum ser um asacino gruel e ate dificil acreditar .