Homem acusado de matar ex-mulher com 18 facadas é condenado a 17 anos de prisão

Marcello Oliveira Lopes, acusado de ter matado com 18 facadas a ex-esposa, Pollyanna Carolina, de 23 anos, foi condenado a 17 anos de prisão em regime inicialmente fechado, em julgamento realizado nesta terça-feira, na Câmara de Municipal de Itabira, na região Central de Minas. A condenação foi por homicídio triplamente qualificado.

O crime ocorreu em fevereiro de 2010, quando, segundo a acusação, a vítima saía para o serviço e foi forçada a entrar no carro do ex, que estava parado próximo à sua residência. Minutos depois, a Polícia Militar recebeu uma denúncia e encontrou o veículo na porta da casa dos pais do acusado, no bairro Santa Tereza.

Segundo inquérito da polícia, o banco do passageiro do veículo e os tapetes estavam repletos de sangue. Na data, Marcelo teria dado cinco facadas no rosto da ex-mulher, três no pescoço, três no peito, quatro nas costas, uma na nuca, uma no quadril e uma no antebraço. Após o crime, o acusado teria jogado o corpo da ex em um matagal na rua Humberto Campos, no bairro Ribeira de Cima.

Conforme o primeiro depoimento de Marcello Oliveira Lopes, que foi lido pelo juiz durante o julgamento, o acusado alega que emprestou um dinheiro para a ex-mulher e que, ao cobrar dela, ela disse que teria gasto o dinheiro no motel com outro homem e que isso o motivou a esfaqueá-la.

Segundo os familiares do réu e da vítima, que acompanharam o julgamento nesta terça, o convívio do casal era bom. Mas, após a separação, Marcello começou a ameaçar a ex-esposa com certa frequência.

Mesmo com toda a segurança do local, por conta de agentes penitenciários e policiais militares, e com a advertência do Juiz, a respeito de manifestações no plenário, o clima ficou tenso no momento em que os advogados faziam a defesa do réu.

A mãe de Pollyanna se emocionou no momento em que o promotor mostrou as fotos do cadáver da filha aos jurados, e falou sobre o filho da vítima, de cinco anos.

Marcello agora seguirá para o Presídio de Itabira, onde permanecerá recolhido. De acordo com informações, ele irá trabalhar no presídio para regressão de pena. A sentença foi proferida às 18h50, quase sete horas depois do início do julgamento, pelo Juiz de Direito da comarca de Itabira, Ronaldo Vasques. A acusação foi feita pelo promotor de Justiça, Francisco de Assis Santiago, de Belo Horizonte.

Com NotíciasUai

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