Rapaz sem passagens na polícia é executado

O perito Gilmar Miranda trabalha em buscas de pistas no local do homicídio


IPATINGA – Ao contrário da maioria dos homicídios ocorridos no Vale do Aço em 2011 e em anos anteriores, a morte do ajudante Cássio Filipe Araújo Maia, de 18 anos, parece não estar ligada ao tráfico de drogas. Na noite desta quarta-feira (27), ele foi executado a tiros na cabeça na Rua Gaturano, situada na região do Vale do Sol, no Bairro Vila Celeste. O rapaz chegou a ser socorrido ao Hospital Municipal de Ipatinga (HMI), mas não resistiu. Cássio não tinha passagens na polícia e, segundo uma irmã, também não era usuário de drogas e sequer bebia ou fumava.

Segundo o que populares descreveram à Polícia Militar, a vítima chegou à frente da residência de um amigo na Honda Fan 125cc, placa HME-5616, e o chamou. Cássio ficou escorado na moto conversando com o colega quando um homem se aproximou em uma bicicleta modelo Caloi Poti. Sem dizer nada, o indivíduo disparou seis vezes contra a cabeça do jovem, que tombou na calçada inconsciente. Ele foi levado ao HMI por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), perdendo a vida pouco tempo depois de dar entrada no hospital. 

De acordo com a PM, a Rua Gaturano é bem escura, mas foi possível notar que o assassino – que contou com a ajuda de um comparsa – aparenta ter cerca de 20 anos, é moreno, magro, tem pouco mais de 1,70 metros. Ele usava boné preto e uma blusa de manga longa escura, além de bermuda jeans. “Eram dois indivíduos e cada um estava em uma bicicleta. Ambos usavam roupas escuras, boné, blusa de manga comprida e bermuda. Eles passaram aqui na Rua Gaturano, aproveitaram que a vítima havia acabado de desembarcar de sua moto e efetuaram os disparos, fugindo na mesma direção”, comentou o sargento PM Roger, informando que todas as informações acerca do paradeiro dos homicidas estavam sendo checadas. “Cássio era morador do bairro há bastante tempo, praticamente nascido aqui na região. Os assassinos aparentam serem pessoas bem jovens, na faixa de 18 a 20 anos. Os bonés que eles usavam estavam abaixados para proteger a identidade”, explicou Roger, pedindo que informações sobre os criminosos sejam passadas à PM. “Não faz diferença saber quem são as pessoas que estão nos ajudando na denúncia, que pode ser anônima através do número 181 ou do 190. A informação será direcionada para uma equipe que averiguará a veracidade ou não”, completou o sargento. E a PM recebeu uma denúncia dando conta que o autor do assassinato seria um rapaz de apelido “De Menor”, morador da Rua Pintassilgo, também no Bairro Vila Celeste. O suspeito não foi localizado.

O perito Gilmar Miranda, da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC), encontrou projéteis de revólver calibre 38 no local do crime. As balas foram apreendidas e poderão ajudar na investigação. 

rmã e testemunha 
Uma irmã de Cássio contou como ficou sabendo do crime. “Eu estava em casa e, de repente, uma colega chegou e falou que meu irmão tinha ganhado tiros. Eu vim desesperada e o vi caído. Ele não falava nada com a gente sobre ameaças, não era viciado em drogas e nem bebia. Saber quem fez essa covardia, a gente sabe não é? Mas vamos esperar”, afirmou. O amigo de Cássio que estava com ele na hora do assassinato também falou sobre o ocorrido. “O cara chegou, deu os tiros e saiu. Estava com o boné baixo e não deu para ver quem é. Só chegou, deu o tiro e saiu. Não fiquei perto. Corri na hora. Não há como reconhecer esse assassino, pois não vi a cara dele. Só chegou calado e deu os tiros. Eram dois. Nem vi o rumo que eles tomaram”, contou a testemunha. A vítima trabalhava com ajudante e havia sido contratada por uma empresa do Bairro Iguaçu no último dia 18. Fonte: JVA online 

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