Assassino de mecânico se apresenta na 1ª DRPC em Ipatinga


Homicídio ocorreu no dia 1º, na divisa dos bairros Bom Jardim e Esperança
Foto: AKR/JVA online

IPATINGA – Autor confesso de um assassinato ocorrido no último dia 1º, no Bairro Bom Jardim, o mecânico de motos Fábio José Silva, de 40 anos, se apresentou nesta segunda-feira (6), na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC) de Ipatinga. Ele prestou depoimento ao delegado titular da Delegacia Adjunta de Crimes contra a Vida (DACcV) e alegou que cometeu o crime em legítima defesa. Fábio foi ouvido e liberado. Ele responderá às acusações em liberdade, pois não foi preso em flagrante. 

O mecânico de motos assassinou o mecânico montador Ernandes Avelino Ramos, 35, que foi morto com um tiro certeiro no coração quando estava na frente de um bar na Rua Joaquim Gonçalves Rosa, na divisa dos bairros Bom Jardim e Esperança. Segundo informaram testemunhas no dia do homicídio, vítima e acusado se desentenderam por causa da transferência dos documentos de uma moto e teriam entrado em desavenças por conta de R$ 300, o que não foi confirmado por Fábio durante o depoimento na 1ª DRPC. “Meu cliente nunca celebrou qualquer tipo de empréstimo ou transação comercial com Ernandes”, declarou o advogado do mecânico de motos, José Aílton de Fátima. “O delegado responsável pela investigação vai ouvir o outro lado, ou seja, a família da vítima. Diante dessas informações que Fábio me trouxe e que foram levadas à Polícia Civil, ainda está tudo muito obscuro, mas o delegado vai apurar e ter uma conclusão mais detalhada acerca do crime ao final do inquérito”, completou José Aílton.

O autor do assassinato revelou ao advogado que agiu em legítima defesa, pois – por várias vezes – foi duramente espancado pela vítima. “Ernandes chegou a entrar na casa de Fábio e agredi-lo. Meu cliente alega também que, em outra ocasião, dentro supermercado Ramos Plus do Bom Jardim e diante de várias testemunhas, como açougueiros e seguranças, Ernandes lhe deu várias pancadas. Fábio chegou a ter o maxilar quebrado de forma tão violenta que, apesar de ter feito uma cirurgia, ele continua com uma deficiência”, descreveu José Aílton.  

O advogado ainda contou como seu cliente agiu no dia do assassinato. “O Fábio me afirmou que Ernandes tinha dito, por volta de meio-dia, que ‘daquele dia não passava’. Com medo, meu cliente se armou e foi fazer compras em um supermercado, mas acabou trombando de frente com Ernandes, que partiu pra cima dele. Sem recursos e com medo, pois já estava receoso por ter sido agredido três ou quatro vezes pela vítima, Fábio efetuou um disparo de arma de fogo contra Ernandes. Portanto, agiu em legítima defesa”, argumentou José Aílton, lembrando que tudo será investigado pela Polícia Civil. Conforme o advogado, Fábio se comprometeu a dar todas as colaborações possíveis para as investigações. “Meu cliente vai comparecer a todos os atos do inquérito da Polícia Civil e do processo. Ele quer contribuir, até mesmo porque efetuou apenas um disparo, alegando que, se quisesse, poderia ter feito outros. Ele me garante que deu apenas um tiro para se defender, correu e se escondeu. Depois ficou sabendo que a vítima veio a falecer”, concluiu José Aílton. 
Fonte: JVA online  

1 comentários:

Anônimo disse...

Mais um assino inpune, no Brasil é assim. Podem matar a vontade. Justiça fraca, policia fraca, tudo fraco. O crime comanda este país.