Fabiana Pereira Gonçalves e Rodrigo Gonçalves Dutra, maçariqueiro, moram em uma casa alugada há dois anos. No quarto mês na nova residência, a luz foi cortada, pois os antigos inquilinos não pagaram as contas de energia elétrica. O casal quitou o débito que não era deles. Porém, meses mais tarde, notaram que, na conta o consumo de energia sempre vinha zerado. A média mensal não passava de R$ 20. Eles procuraram a Cemig no ano passado. Em fevereiro deste ano, estiveram outra vez na companhia. Um leiturista esteve na casa e levou o medidor para análise em Belo Horizonte. Segundo a concessionária de energia, foram detectadas irregularidades. Fabiana foi informada que havia um 'gato' no padrão de sua casa.
A Cemig fez a média de consumo do casal nos últimos dois anos e agora cobra uma dívida de quase R$ 1.200 que deveria ser paga em dez dias. Rodrigo procurou a companhia e conseguiu parcelar a dívida em 11 vezes. Ele disse que teve que aceitar pagar a dívida, senão iria incidir mais um processo contra o casal.
A comerciante Maria da Conceição Coelho conta que a Cemig também encontrou irregularidades no seu medidor, nos últimos 12 meses. Maria da Conceição foi informada que havia um parafuso que não era do padrão e que o lacre havia sido rompido e alega que não ter sido ela.
Ela mora na mesma casa no Bairro João XXIII há 48 anos e não concorda com a cobrança de quase R$ 3 mil. Entende que o medidor estava com defeito. Porque o relógio medidor seria antigo.
Procuraram o Procon 100 pessoas em Timóteo e Ipatinga acusadas de adulterar os medidores de energia. Muitos deles participaram de uma audiência pública na noite da quinta-feira passada, na Câmara de Timóteo. A coordenadora do Procon da cidade explica que o Procon acredita que o consumidor esta´ com a razão, pois, os testes são feitos somente pela companhia.
A gerente de relacionamento com o poder público da companhia, Carla Regina Ferreira, participou da audiência pública. Ela informou que, no ano passado, 800 inspeções foram realizadas em residências, comércios e indústrias de Timóteo e em 50% do setor residencial foram constadas irregularidades.
Ela descartou qualquer possibilidade de erro na análise dos técnicos da Cemig. Disse que não é possível confundir um problema técnico com uma irregularidade. Pois, segundo ela, a inspeção é feita visualmente e com o uso de equipamentos para detectar as irregularidades.
Sobre o casal que teria sido vítima de uma suposta má fé dos antigos inquilinos, deixou uma orientação. O cliente que adquire um imóvel novo ou que aluga uma casa pela primeira vez, deve solicitar a troca do nome da conta para o nome dele.
Fonte: In360
Audiência discute possíveis irregularidades em padrões de energia
às 19:33
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