Fabricante de oxi é capturado pela polícia no Vale do Aço

Químico. Farmacêutico preso ontem é apontado pela polícia como o responsável pela fabricação do entorpecente e de anabolizantes
Foto-WELLINGTON FRED / DIÁRIO DO AÇO


A Polícia Civil de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, acredita ter encontrado o primeiro laboratório de fabricação de oxi no Estado. A suspeita surgiu com a prisão, ontem, do farmacêutico Alexandre Bragança Magalhães, 24, mais conhecido como Topô. A sogra dele, Dalva Fernandes da Silva, 49, também foi detida em flagrante por associação ao tráfico.

Na casa do farmacêutico, foram encontrados oito quilos de pasta-base de cocaína e outros produtos que supostamente seriam usados na fabricação do oxi, droga considerada mais devastadora que o crack. Entre o material apreendido estavam querosene e substâncias farmacêuticas. Estas últimas provavelmente eram usadas na fabricação clandestina de anabolizantes, de acordo com a polícia. 

"Não encontramos pedras de oxi ou de crack, mas os insumos encontrados, principalmente o querosene, alimentam a nossa suspeita da fabricação de oxi na casa. As demais substâncias são usadas no refino da cocaína e na fabricação de crack, que é muito consumido na região", disse o delegado Daniel Araújo, que lidera as investigações. 

A suspeita, segundo o policial, é que o farmacêutico integre um grande esquema de fabricação e distribuição de drogas na região. "Estamos atrás dos mentores de um esquema muito maior", afirmou. 

A quantidade de pasta-base de cocaína apreendida com Topô, disse o delegado, é a maior do ano na região. "Podemos dizer que já há usuários de oxi na cidade. Como o crack e o oxi são muito parecidos, vamos mandar o material para análise em Belo Horizonte. O laudo deve sair em 30 dias". 

Além da droga, Alexandre Bragança Magalhães escondia na casa um revólver calibre 38, uma balança de precisão, vários receituários de medicamentos de venda restrita e carimbos de médicos que, supostamente, "legalizariam" a venda criminosa de remédios de uso controlado. Também foram encontradas falsificações dos anabolizantes durateston e lipostabil e uma lista com os produtos fabricados pelo suspeito e os preços.


A partir da próxima segunda-feira, de acordo com o delegado, outros possíveis envolvidos no esquema serão ouvidos, entre eles estão os médicos que estariam participando da venda ilegal dos remédios. O farmacêutico vinha sendo monitorado pela polícia e foi detido a partir de um mandado de prisão.



Fonte: O Tempo

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