O presidente do Sinsep, Israel dos Passos: sem reajuste de 1997 a 2002 |
O presidente do Sindicato, Israel dos Passos, explicou que de 1997 até 2002, os servidores não tiveram reajustes, assim como em 2009. Para compensar as perdas anteriores, a categoria pede, então, um aumento de 15% em seus salários.
Ainda de acordo com Israel, alguns servidores, como auxiliares de serviços gerais, estão recebendo uma remuneração abaixo do salário mínimo e precisam ser complementados pela Prefeitura para chegarem ao valor de R$ 545.
Outra reivindicação dos trabalhadores é com relação aos planos de carreira da categoria. Eles querem que sejam pagas as progressões verticais (que, no serviço público, correspondem a promoções) e horizontais (que aumentam os salários de acordo com o tempo de serviço dos trabalhadores), e também que seja elaborado um estatuto único para todos os profissionais, já que na cidade existe um para os concursados a partir de 2007 e outro para os funcionários públicos antigos. Concessão de uniformes e lanches também estão na lista de exigência dos grevistas.
MOVIMENTO
A recomendação do Sindicato foi para que todos os servidores entrassem em greve e deixassem que apenas os funcionários contratados tocassem o serviço. Entre os setores paralisados, somente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Olaria, deverá manter suas atividades normalmente por se tratar de um setor de urgência.
Na tarde desta segunda-feira, panfletos e um carro de som convocavam todos os trabalhadores do município a aderirem à paralisação. Uma manifestação foi agendada para esta manhã, na Praça da Prefeitura. De acordo com o presidente do Sinsep, espera-se que, ao menos, 1.200 pessoas participem.
QUEDA NA ARRECADAÇÃO
A Administração de Timóteo informou que não tem condições de dar reajuste aos servidores devido a queda na arrecadação da cidade. Segundo a Prefeitura, somente em 2011 o município perdeu mais de R$ 15 milhões com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Informou ainda que considera justas as reivindicações da categoria, porém, um aumento iria contrariar as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal, que regula as contas públicas e controla os gastos de Estados e Municípios.
ESTADO
Em todo o Estado, a partir de amanhã, os trabalhadores em educação também entram em greve por tempo indeterminado. Segundo os coordenadores do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), o motivo é a não apresentação de propostas para o pagamento do piso salarial da categoria. Os profissionais estão programando um ato público, em Belo Horizonte, juntamente com as polícias Civil e Militar.
A categoria já vem fazendo paralisações com objetivo principal de discutir a implementação do Piso Salarial Nacional para a categoria no Estado. A última delas aconteceu no dia 31 de maio. Em Ipatinga, segundo a direção do SindUTE regional, 80% das escolas aderiram ao movimento. A expectativa do Sindicato é que todas as escolas participem da greve.
Fonte: Diário Popular
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