Empresários pedem fim da Feira Hippie de Timóteo

Empresários se reuniram na Prefeitura para reivindicar a proibição de funcionamento da Feira Hippie na cidade - Foto: Diário Popular
04-11-2011 10:49


TIMÓTEO - Na tarde de ontem (3), empresários se reuniram na Prefeitura para reivindicar a proibição de funcionamento da Feira Hippie na cidade. A feira funciona há três meses, sempre nos primeiros finais de semana de cada mês.
"Tivemos uma reunião com a Prefeitura na semana passada e eles nos garantiram que iriam tomar providências. Mas o que queremos de imediato é que a feira não funcione este fim de semana e por isso viemos mais uma vez na PMT cobrar uma resposta", explicou o diretor jurídico da Associação Comercial de Timóteo, Maicon Rios.
O presidente da Aciati, Hiler Félix disse estar na expectativa que o comércio informal seja impedido de funcionar na cidade. "Estamos contando com o apoio da Prefeitura para começar a ação ainda nesse sábado, pois esse é o desejo dos empresários da nossa cidade. Ou a Prefeitura impede a feira de funcionar ou a tira da informalidade. Não somos contra a feira, apenas não queremos que o comércio informal concorra deslealmente com os empresários de Timóteo", declarou Hiler.
Em nota, a Procuradoria Geral informou que concluiu ontem (03) o processo administrativo que indeferiu o pedido de alvará definitivo para o funcionamento da Feira Hippie na cidade. A empresa Dekka é a responsável pela feira e, segundo a PMT, o empreendimento receberá uma notificação sobre a decisão da Procuradoria, mas não informou se a feira funcionará no próximo final de semana.

JUSTIFICATIVA
Os empresários justificaram o pedido alegando que o comércio informal tem contribuído para a diminuição de lucro nas lojas e vem causando demissões. "Pagamos em torno de 35% a 40% de imposto nas nossas mercadorias e os comerciantes que atuam na ilegalidade não pagam impostos e por isso vendem mais barato. Isso é injusto com os empresários que pagam tudo corretamente. Estamos perdendo venda para o comércio ilegal e é isso que queremos mostrar para os órgãos competentes", afirmou o empresário Luiz Carlos Silveira, proprietário de uma papelaria em Timóteo.
Segundo Hiler Félix, a Aciati tem recebido muitas reclamações de empresários que alegam ter demitido funcionários devido à queda nos lucros. "A classe empresarial tem nos procurado para reclamar da queda nos lucros e do desemprego que isso tem gerado. Empresários tiveram que demitir pessoas para manter as lojas em funcionamento, isso poderia ser evitado se a concorrência fosse leal. A feira funciona em dias estratégicos, quando os trabalhadores recebem, e isso faz com que o dinheiro da cidade seja investido em outras cidades, porque essas pessoas, além de não pagarem impostos, ainda não são de Timóteo", declarou o presidente da Aciati. Ainda segundo Hiler, a feira faz contratações sem carteira assinada. "Se o lucro fosse para todos, a gente não estaria reclamando, mas a questão é que o lucro é só para os donos das barracas. Porque a Prefeitura não recebe imposto e os trabalhadores desses locais não trabalham de carteira assinada", explicou o presidente.
A reportagem tentou contato com a Feira Hippie, mas não encontrou ninguém para se pronunciar.

OUTRAS REIVINDICAÇÕES

O diretor jurídico da Aciati, Maicon Rios, explicou que outras reivindicações foram levadas à PMT. Segundo ele, os empresários pediram o aumento do número de vagas nos estacionamentos do Centro e a retirada de todos os comerciantes que trabalham nas calçadas da cidade. "Queremos que todos trabalhem de forma regular, não podemos aceitar que uns paguem impostos e outros não. As obrigações têm que ser as mesmas. A Prefeitura nos informou na última reunião que a partir do dia 5 de novembro a fiscalização será intensificada em Timóteo, para que todos sejam regulamentados. E garantiu também que os estacionamentos serão remarcados para aumentar as vagas", informou Maicon.



Fonte: Diário Popular

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