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| PRONTA HÁ MAIS DE dois anos, a UTI do Siderúrgica continua sem funcionar |
De acordo com o Provedor da ABSSS, Máurisson Magno de Morais, apesar do indeferimento do pedido do Certificado do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), ainda há esforços no sentido de tentar manter a instituição aberta. “Foi feito um novo pedido de apoio à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com a intervenção política do deputado federal Domingos Sávio (PSDB), mas ainda não houve um posicionamento”, destaca Morais.
Conforme a Portaria nº 253/2011 da Secretaria de Assistência à Saúde, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) no dia 10 de junho e assinada pelo titular do órgão, Helvécio Miranda Magalhães, o pedido do Certificado de Filantropia (CNAS) foi indeferido sob a alegação de que a ABSSS não comprovou que fez, ao longo dos últimos anos, mais de 60% dos atendimentos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Mas a mantenedora assegura que, na verdade, eles chegam a quase 80%.
Conforme a assessoria de imprensa do hospital, a decisão tomada contraria o que ficou acertado no dia 15 de fevereiro, quando Magalhães havia recebido em Brasília o prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões (PT), o Provedor da ABSSS, Máurisson Magno de Morais, e o Diretor Administrativo do Hospital Siderúrgica, Reynaldo Damasceno, bem como o Secretário Municipal de Saúde de Coronel Fabriciano, Rubens Castro, e o deputado federal Padre João (PT). Na oportunidade, segundo o Siderúrgica, o Secretário de Atenção à Saúde havia garantido a liberação do Certificado do CNAS, apoio financeiro para a abertura dos dez leitos de UTI Adulto Tipo 2, na ordem de R$ 3 milhões, recursos para reformas estruturais necessárias para atender à Vigilância Sanitária, visando a melhoria do atendimento dos pacientes SUS, além da liberação para a construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) – Tipo 2, anexa ao hospital.
A Administração da ABSSS explica que, embora a instituição possa requerer novamente o Certificado, esse pedido tornou-se inviável, pois para fazê-lo é preciso ter certidões negativas dos órgãos federais e, para obtê-las, seria necessário quitar 50% de todas as dívidas da instituição com o Governo Federal, totalizando mais de R$ 2,8 milhões, o que não está em suas condições.
UTI e Bloco Cirúrgico
Inaugurado em 1936, o Hospital Siderúrgica passou por uma série de transformações ao longo do tempo. Nos últimos anos houve um processo de modernização de equipamentos e estruturas. “O fechamento da instituição pode acontecer antes mesmo do início de funcionamento da UTI que já está equipada, com recursos do Governo do Estado de Minas Gerais, que não poupou esforços, ao longo desses tempos, para permitir a continuidade da assistência do Siderúrgica”, diz o hospital.
Recentemente, também foram feitas reformas para a ampliação do Bloco Cirúrgico, com o objetivo de atender demandas provenientes da UTI, com a expansão de salas, sendo hoje cinco. O pleno funcionamento desses dois setores contribuiria para a diminuição do vazio assistencial existente no Vale do Aço, além de permitir atendimento em Coronel Fabriciano para casos de média e alta complexidades.
Em 2010, o Hospital Siderúrgica ficou fechado para o atendimento SUS durante 90 dias. A reabertura ocorreu no mês de julho por causa de um aporte financeiro feito pelo Governo do Estado, por meio da SES-MG. A medida permitiu a abertura e garantiu os recursos para auxiliar no funcionamento por dez meses.
Fonte: JVA online
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