Na reunião de ontem entre representantes da Vital e da PMI, a dívida com a concessionária foi renegociada |
IPATINGA - A crise na limpeza urbana de Ipatinga vai mesmo culminar com a demissão de funcionários da Vital Engenharia. No entanto, a concessionária afirmou que serão dispensados 120, ao invés dos 300 anteriormente anunciados. É que o Governo Robson se comprometeu a rever a redução de 25% no contrato com a empresa, para manter o serviço de varrição. Segundo informações da Vital, o corte será pouco menor que 20%. A limpeza mecanizada e manual de entulho e a capina, no entanto, continuam suspensas.
A decisão da PMI foi anunciada em reunião na tarde de ontem (11). Participaram da reunião o prefeito Robson Gomes (PPS); o gerente de contratos da Vital, Lélis Antônio; o procurador geral da PMI Heyder Torre, o secretário Municipal de Fazenda, Lúcio André Silva e o chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), Jadson Heleno Moreira.
Segundo o gerente de contratos da Vital, Lélis Antônio, o problema foi reduzido, mas o objetivo da empresa não foi alcançado. "O ideal seria que todos os serviços fossem mantidos, para garantir a qualidade, mas a PMI afirmou que no momento não tem condições de manter o valor contratual. Pelo menos vamos colocar os 180 funcionários da varrição nas ruas novamente", explicou Lélis.
A Prefeitura se comprometeu a manter o repasse mensal de R$ 1,7 milhão. O gerente informou que aguarda que o aditivo de contrato seja assinado pela Prefeitura para que os 180 funcionários voltem ao trabalho. "Esperamos que o serviço seja retomado o quanto antes. Acredito que já na quinta-feira o aditivo esteja pronto e todas as partes assinem para que a cidade volte a ser varrida", explicou.
DÍVIDA
A Prefeitura tem uma dívida de R$ 13,5 milhões com a Vital Engenharia - o repasse mensal está atrasado desde março. Durante a reunião, ficou definido que o pagamento será feito em seis parcelas e a primeira vai ser paga no mês de fevereiro. Lélis Antônio informou que a Vital aceitou a proposta da PMI e espera que o pagamento seja feito corretamente. "A empresa aceita a proposta e ressalta que os ajustes deverão estar expressos em termo aditivo, onde ainda deverão ser observadas as correções monetárias dos valores atrasados", afirmou o gerente.
DEMISSÕES
O prefeito afirmou, no entanto, que não haveria demissões, contrariando a informação da Vital. Robson Gomes declarou ainda que espera que seja respeitada a parceria com a Vital Engenharia. "O governo renegocia com outras empresas/fornecedores para cumprir a obrigação com todos em dia", disse. Segundo a PMI, o esperado é que em fevereiro do próximo ano o contrato volte a ser pago integralmente e os serviços suspensos sejam retomados.
Fonte: Diário Popular
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