Goleiro Bruno ajudou a financiar o tráfico no Rio de Janeiro, diz colega de cela de Bola


Afirmação foi feita por detento em depoimento à Justiça de Minas Gerais



Cópia do depoimento de
Jailson Alves de Oliveira
 à Justiça de Minas Gerais
O goleiro Bruno Fernandes, principal acusado do assassinato de Eliza Samudio, teria ajudado a financiar o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. A afirmação foi feita por Jailson Alves de Oliveira, um presidiário que dividiu cela com outro acusado de matar Eliza, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola. A acusação consta no depoimento de Oliveira à Justiça de Minas Gerais sobre uma suposta tentativa de Bola e Bruno de matar a juíza do Tribunal do Júri da comarca de Contagem, Marixa Fabiane Rodrigues. O R7 obteve cópia da íntegra do depoimento prestado no dia 26 de abril deste ano.


Oliveira dividiu cela com Bola na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG). Condenado por latrocínio (roubo seguido de morte), o detento afirma que o ex-goleiro do Flamengo teria dado dinheiro ao traficante da favela da Rocinha conhecido como "Nem". Por causa dessa dívida, Bruno teria mandado o criminoso carioca  matar uma série de desafetos, entre eles juíza Marixa Fabiane Rodrigues, conforme revelou o jornal Hoje em Dia.

No depoimento, Oliveirta afirma que "(...) o Bruno tem essa força do Rio, porque presta assistência ao tráfico (...) ".

O advogado de Oliveira, Ângelo Carbone, afirma que seu cliente corre risco de vida por saber demais e é o mais vulnerável entre os supostos alvos de Bruno. Oliveira foi transferido nesta semana para outra penitenciária, de acordo com Carbone. 

Além da relação de Bruno com o tráfico do Rio, Oliveira disse à Justiça que Bola teria revelado que o goleiro tinha um plano de fuga. Ele fingiria estar doente para deixar a penitenciária e ser resgatado no meio do caminho do hospital. Bola teria contado ainda detalhes de como matado Eliza Samudio, ex-amante de Bruno.

Micro-ondas
De acordo com Oliveira, Bola teria matado Eliza em um terreno do GRE (Grupo de Resposta Especial) da Polícia Civil mineira e, em seguida, queimado o corpo dela em uma estrutura com pneus, conhecida como "micro-ondas". Depois disso, as cinzas da jovem teriam sido jogadas em um rio. O ex-policial teria dito ainda que "só se os peixas falarem" o corpo de Eliza será descoberto.
Fonte: R7

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