PC fecha fábrica de bebidas falsificadas

Policiais civis encheram uma viatura Fiat Doblò com garrafas e insumos encontrados na casa do Bairro Planalto
IPATINGA – Uma fábrica de bebidas falsificadas foi fechada pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (17), no Bairro Planalto, em Ipatinga. De forma precária, improvisada e ilegal, uísques, vodcas, conhaques e outros destilados eram adulterados e produzidos em uma residência na Rua Três. Um homem foi preso e encaminhado à 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC). 

Titular da Delegacia de Falsificações e Defraudações, o delegado João Luiz Martins Barbosa informou que foram mais de quatro meses de investigações. “Esse falsificador agia de duas maneiras: tanto colocava a bebida de valor muito inferior na garrafa mais cara, como produzia a bebida dentro de casa, pois adquiria um uísque de uma marca melhor e duplicava, triplicava e até quadruplicava a bebida colocando insumos e corantes”, explicou o policial civil. João Luiz exemplificou: “Nós temos o uísque Johnny Walker, que custa aproximadamente R$ 80. Essa bebida adulterada era colocada em uma garrafa de Johnny Walker e o vasilhame era selado, lacrado com um selo de qualidade e depois vendido como se fosse original. Tinha um custo de R$ 6, R$ 7 e comercializada a R$ 80, ou seja, um negócio bem lucrativo”.
 
Conforme João Luiz, o falsificador não tinha muito a noção dos crimes que estava cometendo. “Ele achava que era uma coisa simples e que poderia render apenas uma infração da Vigilância Sanitária. Ledo engano, pois esse homem vai responder por um crime extremamente pesado, previsto no artigo 273 do Código Penal, podendo pegar de quatro a oito anos de prisão”, explicou o delegado. 

De acordo com o titular da Delegacia de Falsificações e Defraudações, as pessoas que compravam as bebidas na fábrica clandestina do Bairro Planalto também serão investigadas. “Esse homem abastecia principalmente festas. A gente ainda não pode afirmar que ele estava fornecendo garrafas para casas de shows da região, mas donos de barraquinhas e produtores de eventos eram os seus principais clientes”, declarou João Luiz. O delegado lembra ainda que o responsável pela fábrica também sonegou vários impostos. “Ele vai responder por repercussões tributária sérias, pois há falsificação do selo tributário e o não recolhimento de tributos pela venda do material. Então é a situação dele é muito complexa”, concluiu. A operação que culminou com o fechamento da fábrica foi batizada de Ressaca e contou com a participação de peritos da Polícia Civil e de diversos investigadores.

Fonte: JVA online

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