"RADAR-SURPRESA" Em uma hora e meia, novo radar fotografou 20 veículos


Definição. O aparelho estático envia ondas eletromagnéticas que captam a aproximação dos veículos
FOTOS CHARLES SILVA DUARTE

A cada 4,5 minutos, um motorista foi flagrado ontem dirigindo acima da velocidade limite de 60 km/h na avenida Cristiano Machado, no bairro cidade Nova, na região Nordeste de Belo Horizonte. As infrações foram computadas pelo "radar-surpresa", equipamento que funcionou ontem em regime de testes, mas que passa a multar efetivamente hoje. Em uma hora e meia, 20 motoristas foram fotografados.

O chamado radar estático (ou móvel) poderá funcionar em qualquer via que estiver sinalizada sobre a presença de fiscalização de velocidade. O aparelho dará apoio aos demais 50 equipamentos fixos (pardais e lombadas eletrônicas) em funcionamento na cidade. Outros dois "radares-surpresa" também estarão nas ruas da capital nos próximos dias.

Para o superintendente de fiscalização eletrônica da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Leonardo Rios, o número de flagrantes é alto e confirma a direção desrespeitosa dos motoristas. Ele garante que a intenção do equipamento não é pegar os motoristas desprevenidos, mas reeducá-los sobre a importância de se respeitar os limites de velocidade.

No entanto, não foi isso que se viu ontem. Durante o tempo em que ficou instalado na avenida Cristiano Machado, pela manhã, vários condutores acabaram pegos de surpresa. Muitos tiveram que realizar freadas bruscas e, por pouco, não houve acidentes. "Isso é questão de educação. Eles só foram surpreendidos porque estavam acima da velocidade", disse Rios.

De acordo com a BHTrans, os radares estáticos serão colocados em trechos onde os índices de acidentes e atropelamentos são mais altos. A empresa vai utilizar um ranking das vias mais perigosas. A lista é liderada pela avenida Cristiano Machado, seguida pelas avenidas Amazonas, Antônio Carlos e Contorno. Os dados são de 2009, e a BHTrans ainda não reuniu os números do ano passado.

Ainda segundo Leonardo Rios, tanto as 18 avenidas já fiscalizadas com radares convencionais quanto as que não possuem redutores de velocidade podem receber o equipamento estático.

Nesse último caso, as vias terão que ser sinalizadas com placas a uma distância de 100 m a 300 m do equipamento, como determina a resolução 214 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). "Muitos motoristas costumam acelerar após os radares. Esse radar irá inibir esse tipo de atitude", afirmou o superintendente de fiscalização eletrônica da BHTrans. Não haverá o acompanhamento da PM.
Fonte: O Tempo

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