MEDO: Morte bárbara assombra moradores do Industrial no Paraíso

Adanir Gomes tinha passagem na polícia
Adanir Gomes tinha passagem na polícia
PARAÍSO - A morte bárbara de dois rapazes moradores do bairro Industrial na última semana trouxe medo e desconfiança à população. Foram assassinados a tiros Gefter Geiel Santana de Araújo, de 18 anos, na segunda (25), e Adanir Gomes Vitor, de 18 anos, na quinta (28).
Os boatos que correm pelo bairro sobre o primeiro homicídio foi que a vítima morreu por engano. O alvo dos homicidas seria outro rapaz, envolvido com o tráfico de drogas, com quem Gefter esteve pouco antes de ser morto. Já a execução de Adanir provavelmente seja um acerto de contas por dívida de drogas. Ele, inclusive, tinha passagem por furto.
Os últimos acontecimentos motivaram a comunidade a pedir reforço policial. A reportagem do DP esteve no bairro e conversou com comerciantes e moradores. O apelo por mais viaturas pelas ruas foi unânime. 
Um comerciante que não quis se identificar denunciou que o posto policial situado no bairro, na avenida Lafaiete Lopes, só fica fechado. O aluguel do imóvel é pago pela Prefeitura Municipal. "O posto só fica fechado, quando deveria funcionar diariamente. Se houvesse dois policiais diariamente, os bandidos ficariam intimidados, e os crimes diminuiriam. Quando alguém chama a policia, chega a esperar quase duas horas", reclamou.

BALA PERDIDA
A moradora M G. S, de 53 anos, reside no bairro Industrial há 23 anos. Ela confessou à reportagem ter medo da atual onda de violência. Mãe de quatro filhos, ela diz que nenhum deles escolheu o caminho do crime. Contudo, ela teme pela segurança de sua família. "Todo mundo só fala em assalto. Qualquer um pode tomar um tiro de bala perdida se permanecer essa falta de segurança", confessou.

ARROMBAMENTO
A proprietária de uma loja G. F, de 27 anos, teve prejuízos de aproximadamente R$ 7 mil quando seu comércio foi arrombado no ano passado. Ela relembra que os bandidos abriram a porta do estabelecimento com uma chave de fenda.
"Os ladrões estacionaram um carro em frente à loja e descarregaram tudo que havia dentro dela. Só percebi o arrombamento às 4h, foi quando chamei a polícia, mas não recuperei nada", falou.

POLICIAMENTO
Os pontos indicados pela comunidade que necessitam de reforço policial foram as partes altas do bairro Industrial, onde não há calçamento e onde os criminosos traficam drogas. E ainda no novo conjunto habitacional, local onde Gefter foi assassinado.

Fonte: Diário Popular

0 comentários: